QUANTO TEMPO
FALTA PARA A TERRA CHEGAR A MUNDO DE REGENERAÇÃO?
A Revista Espírita foi uma obra com
periodicidade mensal dirigida por Allan Kardec de janeiro de 1858 até abril de
1869. Embora tenha desencarnado em março de 1869, o professor havia deixado a
publicação de abril daquele ano pronta.
Com frequência os assinantes da Revista
Espírita pediam a Kardec para que sua publicação fosse semanal ou quinzenal.
Objetivavam beber da literatura do sábio francês mais constantemente.
Kardec respondia, de forma educada, que
era humanamente impossível. Em primeiro lugar porque o trabalho a que se
prestava o professor tornava-se cada dia mais intenso.
Além disso, caso optasse pela periodicidade
menor o professor teria que aumentar o valor das assinaturas. Embora muitos
afirmassem que pagariam de bom grado, isto seria um prato cheio para os
detratores de Kardec que, vira e mexe acusavam o professor de enriquecer as
custas do Espiritismo.
E, também, a Revista trazia em si o
ideal da variedade e do complemento da obra construída pelo professor,
portanto, deveria seguir a publicação mensal o que, segundo ele, seria mais
conveniente.
Kardec informa, ainda, que a Revista
registraria o desenvolvimento da ciência espírita e as novas teorias, mas que
estas não poderiam ser aceitas antes de passar pelo controle universal do
ensinamento dos Espíritos.
Percebe-se o zelo que Kardec tinha com
o Espiritismo. Sua busca, conforme ele mesmo narra na introdução da Revista
Espírita, era pela verdade, então teria que traçar estratégias seguras para que
dela – verdade - não se afastasse, mas, também, que não obstruísse o progresso,
porquanto sabia ele que o Espiritismo permanecia no patamar de ciência em construção,
ou seja, aberto a continuação da verdade que, diga-se, deveria obedecer a
marcha do progresso humano e não seria ministrada senão paulatinamente.
A grosso modo é a comparação da luz que
quando muito forte ofusca ao invés de iluminar.
Kardec não tinha pressa, antes primava
pela observação, pesquisa e estudo de determinado ponto para que a verdade não
lhe escapasse.
Pode-se afirmar que Kardec era um homem
sem agonia!
Agonia que muitas vezes reflete-se na
ansiedade de constatar que a Terra será, em breve, promovida de mundo de prova
e expiação para mundo de regeneração.
Alguns falam até de datas. Todavia, é
valido buscar no professor Rivail a prudência, até porque essa promoção não
ocorrerá por decreto. Na constituição de Deus não há espaço para negociatas. Ou
seja, a Terra será promovida quando os homens a promoverem por meio de suas
ações pautadas na prática evangélica.
Basta uma breve observação para
conferir que a mudança moral é lenta.
Vejamos:
Cerca de 1.400 anos mais ou menos
separam a primeira revelação dada por Moisés da vinda do Cristo à Terra. Logo,
de Cristo para o Espiritismo são mais de 1.800 anos.
Não precisa fazer grandes reflexões
para constatar que ainda não assimilamos nem a revelação dada por Moisés,
porquanto ainda matamos, roubamos, tiramos vantagens indevidas e por ai vai...
Vide a situação do Espírito Santo,
estado afetado pela “greve” da Polícia Militar e que as mortes pipocaram, os
saques tomaram espaço e homens até então não envolvidos com o crime acabaram
por se envolver pela razão de não estarem sendo fiscalizados pela polícia.
Em termos morais avançamos, mas ainda
não praticamos nem o que Moisés revelou.
Vale lembrar que o Espiritismo tem
pouco mais de 150 anos... Percebe-se que as revelações demoraram um bocado de
tempo para fazer pequenino efeito no comportamento moral dos homens.
Em partindo deste princípio, se
fizermos uma média entre as revelações, ou seja, 1.400 anos de Moisés a Jesus e
1.800 anos de Jesus ao Espiritismo teremos 1.600 anos de média.
Será que irão 1.600 anos para
começarmos a praticar as lições de Jesus?
Em realidade tudo dependerá dos homens,
então, cabe-nos acelerar esta progressão da Terra para um mundo melhor.
Outro dia ainda comentei com amigos:
Que os homens sejam todos,
independentemente de religião, kardequianos, pois karquiano quer dizer:
Kardec para o cotidiano...
Só assim nosso mundo, de fato, será
promovido para mundo de regeneração.
Wellington Balbo –
Salvador-BA
A PIOR DAS OPÇÕES PARA RESOLVER
OS PROBLEMAS INTERNOS
Falar sobre
suicídio não é nada fácil por causa do desgaste que este assunto provoca. Saber
que um número muito grande de pessoas morrem em um intervalo muito curto de
tempo, por cogitarem o ato de matar a si como uma opção, deixa qualquer um
muito triste. De acordo com informações da OMS (Organização Mundial de Saúde),
cerca de 1 milhão de pessoas morrem ao ano por atentarem com a própria vida.
Isso significa que acontece uma morte em mais ou menos 40 segundos em todo o
planeta pelo autoextermínio. Entrando um pouco mais em detalhes, 4.000.000
(quatro milhões) de pessoas o tentam fazer, graças a Deus sem sucesso.
Realmente é uma situação assombrosa.
Estatísticas
feitas por psicólogos mostram que o suicídio está mais presente entre 15 e 34
anos, embora também ocorra a desventura em outras idades. Nota-se que na
maioria dos casos, são pessoas que sofrem de graves problemas psicológicos
como, por exemplo: transtorno bipolar, depressão, dependência de drogas,
esquizofrenia sempre de mãos dadas com sérios casos de obsessão. As pessoas se
matam porque acham não ser capazes de enfrentar seus problemas e que em sua
lápide se encerra a infelicidade; por se acharem um peso ou incômodo; por se
sentirem rejeitadas e/ou abandonadas, atentam contra a própria vida, na
expectativa de encontrar algum alívio.
Quem tem um
pouco mais de conhecimento da doutrina dos espíritos, sabe que não é bem assim
que as coisas funcionam. Segundo a literatura esclarecida, o espírito suicida é
privado por sua própria consciência de sentir qualquer alívio que buscava e não
será tão cedo que irá sentir algo do tipo. Depois do desencarne provocado, o
espírito experimenta momentos longos e demorados de inquietação, dor, angústia,
tristeza e todos os sentimentos dos quais queremos distância. O suicida, após
esse período, é socorrido por compromissados amigos iluminados e então passam
por intensos tratamentos. Leva muito tempo para que ele possa se recuperar.
Na esperança de
diminuir o número de tentativas, seguidas ou não de sucesso, algum já foi
inspirado para a tentativa de reagir com projetos sociais, como é o caso do CVV
(Centro de Valorização da Vida) em que a pessoa pode ligar no telefone 141, e
com um atendimento fraterno e caridoso, na maioria das vezes muda de ideia.
O indivíduo que
tem o suicídio como uma opção, não sabe o que o espera. Já não pensa mais que,
o único deve guardar o leme da vida de qualquer um é apenas Deus. Mudanças têm
que acontecer na vida desta pessoa. Inicialmente, precisa de companhias que a
mostrem o quanto é bom viver e se dedicar, ocupando sua cabeça, em algum
trabalho que beneficie pessoas carentes. E depois, ela precisa ver a seriedade
do que cultivava em seus pensamentos. O que todos devemos fazer como uma medida
de prevenção, é sempre “Orar e Vigiar”, como nos ensinou Jesus.
NATAL NA VISÃO ESPÍRITA
O significado do Natal para os espíritas
Natal é comemorado no dia 25 de dezembro
porque a data foi retirada de uma festa pagã muito popular existente na Roma
antiga, e que fora oficializada pelo imperador Aureliano em274 d. C. A
finalidade da festa era homenagear o deus sol Natalis Solis Invicti (Nascimento
do Sol Invicto) considerado a primeira divindade do império romano e festejar o
início do solstício de inverno.
Com o triunfo do Cristianismo, séculos
depois, a data foi utilizada pela igreja de Roma para comemorar o nascimento do
Cristo (que, efetivamente, não ocorreu em 25 de dezembro), considerado, desde
então, como o verdadeiro “sol” de justiça. Com o passar do tempo, hábitos e
costumes de diferentes culturas foram incorporados ao Natal, impregnando o de
simbolismo: a árvore natalina, por exemplo, é contribuição alemã, instituída no
século XVI, com o intuito de reverenciar a vida, sobretudo no que diz respeito
aos pinheiros, que conservam a folhagem verde no inverno; o presépio foi ideia
de Francisco de Assis, no século XIII. As bolas e estrelas que enfeitam a
árvore de Natal representam as primitivas pedras, maçãs ou outros elementos com
que no passado se adornavam o carvalho, precursor da atual árvore de Natal.
Antes
de serem substituídas por lâmpadas elétricas coloridas, as velas eram enfeites
comuns nas árvores, como um sinal de purificação, e as chamas acesas no dia 25
de dezembro são uma referência ao Cristo, entendido como a luz do mundo. A
estrela que se coloca no topo da árvore é para recordar a que surgiu em Belém
por ocasião do nascimento de Jesus. Os cartões de Natal apareceram pela
primeira vez na Inglaterra, em meados do século XIX. Os espíritas veem o Natal
sob outra ótica, que vai além da troca de presentes e a realização do banquete
natalino, atividades típicas do dia. Já compreendem a importância de renunciar
às comemorações natalinas que traduzam excessos de qualquer ordem, preferindo a
alegria da ajuda fraterna aos irmãos menos felizes, como louvor ideal ao
Sublime Natalício.
Os verdadeiros amigos do Cristo
reverenciam-no em espírito.
A
despeito do relevante significado que envolve o nascimento e a vida do Cristo e
sua mensagem evangélica, sabemos que muitos representantes da cristandade agem
como cristãos sem o Cristo, porque vivenciam um Cristianismo de aparência.
Neste sentido, afirmava o Espírito Olavo
Bilac que “ser cristão é ser luz ao mundo amargo e aflito, pelo dom de servir à
Humanidade inteira”. Chegará a época, contudo, em que Jesus, o guia e modelo da
Humanidade terrestre, será reverenciado em espírito e verdade; Ele deixará de
ser visto como uma personalidade mítica, distante do homem comum; ou mero
símbolo religioso que mais se assemelha a uma peça de museu, esquecida em um
canto qualquer, empoeirada pelo tempo. Não podemos, contudo, perder a
esperança. Tudo tem seu tempo para acontecer.
No momento preciso, quando se operar a
devida renovação espiritual da Humanidade, indivíduos e coletividades
compreenderão que [...] Jesus representa o tipo da perfeição moral a que a
Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito
modelo, e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua lei [...].
Distanciado dos simbolismos e dos rituais
religiosos, o espírita consciente procura festejar o Natal todos os dias,
expressando-se com fraternidade e amor ao próximo. Admite, igualmente, que
[...] a Doutrina Espírita nos reconduz ao Evangelho em sua primitiva
simplicidade, porquanto somente assim compreenderemos, ante a imensa evolução
científica do homem terrestre, que o Cristo é o sol moral do mundo, a brilhar
hoje, como brilhava ontem, para brilhar mais intensamente amanhã. Perante as alegrias das comemorações do
Natal, destacamos três lições ensinadas pelos orientadores espirituais, entre
tantas outras. Primeira, o significado da Manjedoura, como assinala Emmanuel:
As comemorações do Natal conduzem-nos o entendimento à eterna lição de
humildade de Jesus, no momento preciso em que a sua mensagem de amor felicitou
o coração das criaturas, fazendo-nos sentir, ainda, o sabor de atualidade dos
seus divinos ensinamentos.
A Manjedoura foi o Caminho. A exemplificação
era a Verdade. O Calvário constituía a Vida. Sem o Caminho, o homem terrestre
não atingirá os tesouros da Verdade e da Vida. Segunda, a inadiável (e urgente)
necessidade de nos aproximarmos mais do Cristo, de forma que o seu Evangelho se
reflita, efetivamente, em nossos pensamentos, palavras e atos. Para a nossa paz
de espírito não é mais conveniente sermos cristãos ou espíritas “faz de
conta”.[...]
Comentando o Natal, assevera Lucas que o
Cristo é a Luz para alumiar as nações. Não chegou impondo normas ou pensamento
religioso. Não interpelou governantes e governados sobre processos políticos.
Não disputou com os filósofos quanto às origens dos homens. Não concorreu com
os cientistas na demonstração de aspectos parciais e transitórios da vida. Fez
luz no Espírito eterno.
Embora tivesse o ministério endereçado aos
povos do mundo, não marcou a sua presença com expressões coletivas de poder,
quais exército e sacerdócio, armamentos e tribunais. Trouxe claridade para
todos, projetando-a de si mesmo. Revelou a grandeza do serviço à coletividade,
por intermédio da consagração pessoal ao Bem Infinito. Nas reminiscências do
Natal do Senhor, meu amigo, medita no próprio roteiro.
Tens suficiente luz para a marcha? Que
espécie de claridade acendes no caminho? Foge ao brilho fatal dos
curtos-circuitos da cólera, não te contentes com a lanterninha da vaidade que
imita o pirilampo em voo baixo, dentro da noite, apaga a labareda do ciúme e da
discórdia que atira corações aos precipícios do crime e do sofrimento. Se
procuras o Mestre divino e a experiência cristã, lembra-te de que na Terra há
clarões que ameaçam, perturbam, confundem e anunciam arrasamento...
Estarás realmente cooperando com o Cristo,
na extinção das trevas, acendendo em ti mesmo aquela sublime luz para alumiar?
Por último é muito importante aprendermos a ser gratos a Jesus pelas inúmeras
bênçãos que Ele nos concede cotidianamente, em nome do Pai, como a família, os
amigos, a profissão honesta, a vivência espírita etc., sabendo compartilhá-las
com o próximo, como aconselha Meimei: Recolhes as melodias do Natal, guardando
o pensamento engrinaldado pela ternura de harmoniosa canção...
Percebes que o Céu te chama a partilhar os
júbilos da exaltação do Senhor nas sombras do mundo. [...] Louva as doações
divinas que te felicitam a existência, mas não te esqueças de que o Natal é o
Céu que se reparte com a Terra, pelo eterno amor que se derramou das estrelas.
Agradece o dom inefável da paz que volta, de novo, enriquecendo-te a vida, mas
divide a própria felicidade, realizando, em nome do Senhor, a alegria de
alguém!...
Referências:
1DUTRA, Haroldo D. O novo testamento.
(Tradutor). Brasília: EDICEI, 2010. p. 258.
2VIEIRA, Waldo. Conduta espírita. Pelo
Espírito André Luiz. 31. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 47, p.
154.
3XAVIER, Francisco C. Antologia mediúnica do
natal. Espíritos diversos. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 76, p. 201.
4KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad.
Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 625.
5______. ______. Comentário de Kardec àq.
625.
6XAVIER, Francisco C. Religião dos
espíritos. Pelo Espírito Emmanuel. 21. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010.
Cap. Jesus e atualidade, p. 296.
7______. Antologia mediúnica do natal.
Espíritos diversos. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 21, p. 57.
8LUCAS, 2:32.
9XAVIER, Francisco C. Antologia mediúnica do
natal. Espíritos diversos. 6. ed.Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 4.
10______. ______. Cap. 29, p. 73-74.
Por Marta Antunes Moura
SEPARAÇÕES AFETIVAS
Aumenta,
consideravelmente, em nossa cultura, a separação conjugal, a desunião
matrimonial, a indiferença no relacionamento afetivo.
A solidão toma conta
das criaturas tornando-as fantasmas atormentados.
Os sonhos de uma
afetividade repleta de bênçãos, constituindo uma família harmônica, cedem lugar
a verdadeiros combates domésticos, que culminam em separações lamentáveis.
As facilidades de
relacionamentos sexuais descomprometidos, a ausência de pudor que predomina em
quase todas as esferas sociais, tornaram o amor descartável, de breve duração e
sem maturidade para suportar os desafios existenciais. É surpreendente a
ocorrência, quando sucede em uniões aparentemente seguras e estáveis, com
existência de longo prazo, apresentando-se como “falta de amor”,
desaparecimento da empatia e do interesse afetivo na comunhão conjugal.
Dilaceram-se famílias,
criam-se traumas de difícil solução em filhos imaturos que não compreendem os
problemas dos pais, nem são devidamente informados, muitas vezes lançados pela
imprevidência de um deles contra o outro. E passam a conviver com pessoas
estranhas, que substituem provisoriamente aqueles que eram o sustentáculo da
sua vida, o amor das primeiras horas, o anjo abençoado dos seus dias.
É certo que uma
separação pacífica é muito melhor do que uma convivência litigiosa. A verdade,
porém, é outra... As separações nascem, quase sempre, de falsa necessidade de
novos parceiros, de prazeres fáceis e ligeiros, de fazer-se parte das redes
sociais...
A decadência moral que
se avoluma, assustadora, prognostica um futuro sem família, filhos órfãos de
pais vivos, desinteressados, uma sociedade sem raízes afetivas, assinalada
pelos transtornos afetivos e desajustes emocionais.
Um pouco mais de
maturidade psicológica e de amor real poderiam modificar esse comportamento,
quando as criaturas se dispam do egoísmo, do direito de posse sobre o outro,
dando-lhe o direito de ser humano e agir como tal.
Divaldo
Franco, Professor, médium e conferencista / Artigo publicado no
jornal A Tarde, coluna Opinião, em 03/11/2016.
O CENTRO ESPÍRITA
1 – O que é o Centro Espírita?
É o local onde as pessoas se congregam
para tratar de assuntos relacionados com a Doutrina Espírita.
2 – Por que “centro”?
Como ocorre com frequência na língua
portuguesa, esse termo tem vários significados. Em se tratando de Doutrina
Espírita, podemos considerá-lo sinônimo de sociedade, expressão mais adequada,
que vem sendo usada com frequência na denominação das instituições doutrinárias
espíritas. Mais exatamente, seria associação, já que, de acordo com o novo
código civil, a expressão sociedade deve ser reservada a empresas de caráter
comercial.
3 – Como poderíamos definir as atividades do Centro Espírita?
São várias, às quais as pessoas têm
acesso à medida que se integram. Num primeiro momento o Centro Espírita tem
sido para a maior parte dos que chegam um hospital para tratamento de males do
corpo e da alma.
4 – Quais os recursos mobilizados nesse
“hospital”?
Envolvem passes magnéticos, entrevistas
fraternas, trabalhos de vibração, reuniões de desobsessão… Considere-se,
entretanto, que esses recursos são de superfície. Cuidam de efeitos, envolvendo
a visão que as pessoas têm da vida e sua maneira de viver. Para que tenham
efeito duradouro é preciso que os interessados busquem um segundo estágio.
5 – Qual seria?
A escola, onde frequentarão cursos de
Espiritismo para uma visão objetiva dos porquês da existência e, sobretudo, das
origens de seus problemas de saúde. A doença é sempre um espelho da alma,
mostrando-nos que algo não vai bem em nossas concepções de vida, em nossa
maneira de viver. O aprendizado espírita faculta-nos esse entendimento.
6 – As pessoas buscam ajuda e aprendem que é preciso que ajudem a si
mesmas?
Isso é elementar em Espiritismo. Não
existe um destino pontuado, em que as coisas acontecem porque está escrito.
Vivemos num regime de causa e efeito em que, permanentemente, colhemos o que
semeamos, envolvendo causas próximas ou remotas, de hoje, de ontem, do ano
passado, de existências pretéritas… Se quisermos que nosso futuro seja
diferente, devemos mudar nosso presente, buscando um comportamento compatível
com a moral evangélica, que resume o que Deus espera de nós.
7 – Hospital e escola. Algo mais?
Num terceiro estágio, o Centro Espírita
é abençoada oficina de trabalho onde, pelo empenho de servir, neutralizamos o
grande mal de nossa personalidade – o egoísmo. É a partir do comportamento
voltado unicamente para os interesses pessoais, que resvalamos para a
inconsequência, a desonestidade, o vício, a agressividade, e tudo o mais que
nos compromete.
8 – E a comunhão com Deus? O Centro Espírita não funciona também como um
templo divino?
Templo é o Universo, a casa de Deus.
Vivemos nela. O Centro Espírita é a escola/oficina, que nos permite, com as
iniciativas que sugere, um padrão vibratório que nos faculte a comunhão com o
Pai Celeste. Esse programa renovador está maravilhosamente definido por Léon
Denis, ao proclamar: Tende por templo o Universo; por imagem, Deus; por lei, a
Caridade; por altar, a Consciência.
Richard Simonetti
Livro Espiritismo, Tudo o que
você precisa saber
DECÁLOGO DO
EXPOSITOR ESPÍRITA
I) O
expositor espírita não pode transferir para os mentores espirituais o esforço e
o preparo que lhe cabem.
II) O
expositor espírita deve, de preferência diariamente, dedicar parte do seu tempo
para:
·
ler bons livros;
·
meditar;
·
fazer elaborações mentais;
·
tirar conclusões;
·
coletar frases e textos que sirvam como futuras
fontes de referência, ou de inspirações, às suas palestras.
III) O expositor espírita deve preocupar-se em ter
exemplar conduta e esmerar-se por colocar em prática o que prega.
IV) O expositor espírita deve:
·
conscientizar-se que mesmo sendo imperfeito e
vacilante em relação à sua evolução moral e espiritual, a Doutrina necessita de
sua pregação;
·
entender que o pouco que está fazendo em prol da
Doutrina e da evolução, é muito, considerando-se que foi dado o 1º passo,
pois, como disse Emmanuel: "Quando uma centésima parte do Cristianismo
de nossos lábios conseguir expressar-se em nossos atos de cada dia, a terra
será plenamente libertada do mal”.
V) O
expositor espírita deve:
·
evitar emitir opiniões pessoais contraditórias, sem
sustentação doutrinária;
·
sempre lembrar-se que a Doutrina tem sua base
filosófica e religiosa codificada nos livros de Allan Kardec, os quais - os
livros - devem servir como sustentação maior nas suas palestras;
·
preocupar-se menos com a letra dos conceitos
evangélicos e mais com os conceitos evangélicos da letra.
VI) O
expositor espírita deve ter a certeza de que, no momento de sua fala, a ajuda
espiritual não lhe faltará e sim, estará intensamente presente e atuante,
se fizer a sua parte:
·
desenvolvendo sua expressividade e técnicas
retóricas;
·
estudando e preparando previamente o tema;
·
compreendendo a importância do momento,
dedicando-se mentalmente à vibrações de amor, paz, humildade e caridade.
VII)
Mesmo em conversas pessoais e informais, o expositor espírita deve
auto-educar-se, pois, como disse André Luiz: "No estado atual da
educação humana, é muito difícil alimentar, por mais de cinco minutos,
conversação digna e cristalina, numa assembleia superior a três criaturas
encarnadas".
VIII) O
expositor espírita deve, quando for ditar normas de conduta, incluir-se como
pessoa também necessitada, isto é: em vez de dizer: “Vocês
precisam preocupar-se com a evolução moral”, dizer: “Nós
precisamos preocuparmo-nos com nossa evolução moral”.
IX) O
expositor espírita deve:
·
ser um homem do seu tempo;
·
falar com constância, em suas palestras, de Deus,
de Jesus e da Doutrina;
·
viver intensamente o sublime momento da palestra,
agradecendo ao Mestre e aos mentores espirituais pela felicidade de ser humilde
instrumento das palavras de Deus.
X) O
expositor espírita deve ser simples e humilde, pois, como disse Padre Vieira: "Nada
há tão grande como a humildade". E, com
humildade e simplicidade, deve sentir-se motivado para proferir contínuas
palestras, tendo a certeza da ajuda do Mestre e a convicção de que a rosa
perfuma primeiro o vaso que a transporta.
Por Alkíndar
de Oliveira
O EVANGELHO E O CELULAR ...
Já
imaginou o que aconteceria se tratássemos o evangelho de Jesus do jeito que
tratamos o nosso celular?
E
se sempre carregássemos o evangelho no bolso ou na bolsa?
E
se déssemos uma olhada nele várias vezes ao dia?
E
se voltássemos para apanhá-lo quando o esquecemos em casa, no escritório... ?
E
se o usássemos para enviar mensagens aos nossos amigos?
E
se o tratássemos como se não pudéssemos viver sem ele?
E
se o déssemos de presente às crianças?
E
se o usássemos quando viajamos?
E
se lançássemos mão dele em caso de emergência?
Mais
uma coisa:
Ao
contrário do celular, o evangelho não fica sem sinal. Ele “pega” em qualquer
lugar.
Não
é preciso se preocupar com a falta de crédito porque Jesus já pagou a conta e os
créditos não têm fim.
E
o melhor de tudo: não cai a ligação e a carga da bateria é para toda a vida.
ESTUDO SOBRE O
PASSE NA CASA ESPÍRITA
O maior propagador
da imposição das mãos foi Jesus, porém não atuava como médium, usava de seu
próprio recurso magnético.
As chamadas
técnicas de passes são assuntos controversos, porém devemos dar importância ao
repasse de nossos melhores sentimentos, doação de amor, de maneira que
semelhante preocupação não desvie nossos pensamentos no ato de ajudar.
Embora Franz Anton
Mesmer seja considerado “ o pai do magnetismo”, antes dele, em varias culturas
de diversos países já se usava a manipulação dessa energia.
O passe é doação de
fluido vital, derivação da matéria elementar primitiva, ou fluido universal.
Existem sérios
estudos de Kirliangrafia onde os pesquisadores monitoraram a presença desta
energia em médiuns passistas em atividades e em condições normais, e as
alterações são surpreendentes.
O perispírito,
também chamado de corpo do espírito, é constituído de fluido universal, nele,
portanto está presente o fluido vital doado pelos passistas. É nele que se
originam os desequilíbrios orgânicos.
Determinadas
pessoas tem o poder de curar pelo simples contato, pois nelas esta energia, a
força magnética está mais abundante.
Não só os espíritas
impõem as mãos para curar, praticamente em todas as modalidades religiosas
existe esta atitude. Os curandeiros e benzedeiras também transmitem passes,
apenas com outro nome.
As chamadas curas
podem acontecer pelo simples toque, pelo olhar, por um gesto, a distancia, por
um abraço, pela voz, em fim, sem o concurso de qualquer medicamento.
Os espíritos
definem o passe como uma transfusão de energia capaz de alterar a intimidade
celular.
Geralmente no
momento do passe a energia a ser doada circula sobre a cabeça dos médiuns,
evidenciando a importância do pensamento nesta operação, posteriormente flui
pelas extremidades dos dedos.
O passe se divide
em magnético, espiritual e misto. No magnético, o passista doa de seus próprios
recursos energéticos, no espiritual, a doação da energia é feita diretamente
pelos espíritos sem o concurso do médium, e por fim no misto existe parceria de
energia dos espíritos e do médium passista, este último é a modalidade mais
comum usada nos tratamentos nas casas espíritas.
As energias
curativas são de natureza etérea, porém não atuam no corpo físico, sim na
estrutura espiritual, desempenhando fundamental papel neste sentido os chamados
chakras, ou centros de forças.
Considerando que
toda pessoa é portadora desta energia, qualquer um pode dar passes, desde que
tenha fé, fervor, vontade, disciplina, comprometimento, confiança em Deus, e
acima de tudo, conhecimento específico do assunto no qual se envolve, possível
de ser adquirido através das chamadas obras básicas da codificação e das
complementares, lembrando que a maior referencia são as obras psicografadas por
Chico Xavier, principalmente na série Andre Luiz.
O espírito Andre
Luiz, através da psicografia de Chico, chega a sugerir que seria interessante
que os médiuns passistas tivessem noções de anatomia humana.
O médium, esteja
ele voltado para qualquer atividade de caráter mediúnico, nunca deve esquecer-se
da importância prévia da oração, digamos
favorecendo a abertura de suas percepções, bem como estabelecendo conexão com
os instrutores espirituais que lhes presidem as atividades, lembrando também da importância da mente em
qualquer atividade desta natureza.
O ato de aplicar
passes dispensa qualquer encenação preparatória, por exemplo, esfregar as mãos,
estender os braços para o alto para captar energias, ficar ofegante, estalar os
dedos, solicitar de quem o receba para espalmar as mãos abertas sobre os
joelhos, descruzar pernas e braços.
Não é necessário fazer
ajuntamento de médiuns para aplicar passes, nem tampouco dar as mãos no momento
de orar, já que mãos entrelaçadas não significam necessariamente união de
pensamentos, etc...
É evidente que
tanto para os encarnados que queiram trabalhar nesta tarefa, quanto para os
desencarnados, como também para a
própria pessoa que se beneficia dos passes, existem certos requisitos,
principalmente para estes últimos, chamados a criarem o que os espíritos chamam
de tensão favorável, que significa
fé, recolhimento,
receptividade, respeito e confiança no
poder superior.
Os médiuns
passistas que estejam em dia de
atividade na casa espírita, não necessitam preocuparem tanto em receber
passes, já que são os primeiros a se banharem das energias espirituais.
Entretanto não impedem que fiquem à vontade e tenham a conduta que o coração
lhes pedir.
As chamadas câmaras
de passes tem as luzes
mais fracas e coloridas, exatamente porque a luz branca atua prejudicando a
presença do ectoplasma ou fluidos manipulados pelos espíritos naquele ambiente
de tratamento espiritual.
A eficiência no
tratamento dos passes sempre estará subordinada a estas três condições, a saber:
a capacidade do passista, receptividade de quem recebe, e por fim, o
merecimento da própria pessoa. Lembrando
que, num sentido mais profundo, há casos
em que a doença é a própria cura.
Deve-se evitar
levar os chamados passes à domicílio, priorizando atender os que realmente se
vejam incapacitados para buscá-los, de
maneira a não sustentar o comodismo e a preguiça das pessoas, lembrando aliás
que o centro espírita além de ser o local
mais indicado, está estruturado para esta finalidade. Os passistas devem
ficar atentos no que diz respeito à alimentação leve neste dia, bem como
vestirem-se adequadamente, evitando quaisquer excessos expondo as partes mais
intimas, seria conveniente desfazerem-se momentaneamente de relógios, pulseiras,
ou quaisquer adereços que venham fazer barulhos e atrapalhar a concentração.
A aplicação de
passes não precisa ser mediunizado ou incorporado e o passista deve evitar
fazer qualquer suposta revelação mediúnica, ponderando quanto aos
inconvenientes que possam gerar nas pessoas frágeis e impressionáveis.
O ato de aplicar
passes é “simples”: estenda as mãos acima da cabeça da pessoa, ore a Deus em
benefício dela, pode ser o pai nosso, ou o que seu coração desejar falar com o
Criador, e concomitantemente deslize as mãos sobre o corpo da pessoa, evitando
tocá-la para não provocar qualquer constrangimento, a não ser quando tenha
certeza que os espíritos recomendaram o toque, entretanto muito cuidado para
não tocar partes indevidas.
É bom lembrar que a
maior cura visada pelo o Espiritismo é a interior, razão porque muitas vezes as
doenças fazem parte deste tratamento. Lembre-se de que Jesus não curou a todos.
Êxitos ou não nos tratamentos espirituais estarão na dependência das
necessidades cármicas de cada um.
Resumo do estudo de passes ministrado no
Lar Espírita Irmã Valquíria por Alaor Borges Jr
Referências
de obras consultadas:
Bíblia sagrada
Lucas 4,40 e Marcos 1, 40 a 45.
Livro “A Gênese” de
Allan Kardec cap. 15, item 2.
Artigo do jornal
ciência espírita, de autores diversos, “Passe Magnetismo e Espiritismo”.
Livro “A Gênese” de
Allan Kardec cap. 14, item 18, 31 e 33.
“O Livro dos Médiuns”
de Allan Kardec cap. 14 e item 175 e cap. 17, item 211.
Livro “Missionários
da Luz” cap. 19, psicografia de Chico Xavier, Andre Luiz.
“O Livro dos Espíritos”
de Allan Kardec pergunta 556.
Livro “Nos domínios
da Mediunidade” cap. 17, psicografia de Chico Xavier, Andre Luiz.
Livro “Evolução em
Dois Mundos” cap. 2 e 17, psicografia de Chico Xavier, Andre Luiz.
“Revista Espírita”
de 1865, mês de setembro, de Allan Kardec.
Livro “Mecanismos
da Mediunidade” cap. 22 e item “médium passista”.
Livro “Obsessão, O
Passe, A Doutrinação”, de Jose Herculano Pires.
Livro “Diretrizes
de Segurança” de Divaldo P. Franco e Jose Raul Teixeira.
A IMPORTÂNCIA DAS PALESTRAS NAS
CASAS ESPÍRITAS
Normalmente
o primeiro contato com a Doutrina Espirita é através de livros (Romances) ou
das palestras, quando buscam a casa espirita para lenitivos das suas dores.
Todavia, é através da palestra que a casa espírita apresenta o
Espiritismo de maneira mais clara e direta para o público.
Assim, deve
ser priorizada tal atividade na seara espírita formando palestrantes com bom
conhecimento doutrinário, assim como o aperfeiçoarem no uso da palavra na
tribuna.
Os
palestrantes também têm que buscar se familiarizar com os modernos recursos
audiovisuais, sabendo utilizá-los, fazendo com que a mensagem seja melhor
oferecida, se tornando mais atraente.
Toda
exposição na tribuna espírita deve procurar sempre envolver o tríplice
aspecto do Espiritismo.
Deve ser
evitada qualquer forma de pregação religiosa, como se fosse um sermão, mas
recorrer à boa argumentação que traga a filosofia, a ciência e a proposta
ético-moral da Doutrina Espírita, no consórcio permanente da razão com a fé
esclarecida.
De
preferência os temas devem ser previamente escolhidos e divulgados, para um
melhor aprofundamento dos estudos, orientando os participantes sobre o que será
abordado.
Resta dizer
que os responsáveis pela escala das palestras, ou o encarregado do departamento
doutrinário, devem conhecer o palestrante, sua formação
espírita, possuindo referências do mesmo, evitando que a tribuna seja lugar
de pessoas sem compromisso com o Espiritismo e até de aventureiros, mas
pessoas que possa contagiar ou aguçar a curiosidade e fazer com que cada um que
ouve a mensagem, possa ter vontade de estudar ainda mais, participando dos
cursos que as casas oferecem.
E o
palestrante tem que conhecer a casa, buscando informações sobre a mesma,
entrando em contato com os seus dirigentes, a fim de que o seu mister seja bem
desempenhado. Se não puder comparecer, que avise com antecedência,
providenciando substituto, evitando embaraços de última hora.
Finalidade da palestra espirita
Com a exposição espírita podemos: Educar para
transformar.
Proposta
Informar: dar informe
ou parecer sobre, instruir, ensinar.
Esclarecer: tornar
claro, compreensível, elucidar.
Conscientizar: tomar
consciência de, ter noção ou ideia de sensação agradável.
Consolar: aliviar ou
suavizar a aflição, proporcionar.
Divulgar: tornar
público ou conhecido, propagar-se, difundir-se.
O uso
constante de boas palestras espíritas tem favorecido de forma apreciável à
divulgação da Doutrina. Emmanuel no livro “Estudo e Viva” nos diz: Para
isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no
exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos
solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria
divulgação”. Portanto A maior caridade que se possa fazer pela
Doutrina Espirita é a sua divulgação
Lembrando
também que o Espiritismo é uma doutrina pedagógica que tem por finalidade a
transformação da humanidade através da transformação individuo....Educação como
transformação
Fundo e Forma
Toda exposição (palestra) tem Fundo e Forma.
A - Fundo:
O fundo
refere-se ao conteúdo: ideias, conceitos, pensamentos, moral, filosofia;
é a parte intelectual e espiritual da exposição (ideia mãe).
O
aprimoramento do fundo depende de quem fala ao público; ele melhora à medida
que o expositor progride intelectual e espiritualmente.
B - Forma:
A forma
refere-se ao modo de expor o tema. É a
maneira que cada qual tem de expressar as ideias, construir as frases, colocar
as palavras, subdividir o assunto em partes (elaboração), ter entusiasmo.
O
aprimoramento da forma depende do aperfeiçoamento da técnica de falar em
público.
PORTANTO; Não basta levar somente a mensagem, mas como nós a levamos, necessário
o Fundo (ensinamento) Forma ( maneira como se passa esse
ensinamento) para tocarmos os corações, esclarecer e consolar.
O expositor
espirita tem que ter além da humildade, simpatia e empatia para
conquistar o publico.
O
comunicador e expositor espírita é um agente da informação e, como tal, dispõe
de grande poder sobre a sociedade, ou seja, é um formador de opiniões.
As transformações sociais têm como responsáveis os grandes comunicadores, daí a
importância de ter sempre comunicador com responsabilidade levando o
espiritismo e não a opinião pessoal, o individualismo, o personalismo. O
expositor tem que comungar as mesmas ideias da doutrina.
Tudo que se
faz na vida independente do trabalho que se realiza, necessário é se
aperfeiçoar, sendo instrumento dos postulados espirita, precisam ter
também deste aprimoramento.
Decorridos
quase dois mil anos, ecoam altissonantes em nossos ouvidos e corações, a
palavra do Mestre Jesus aos Seus Apóstolos:
“Vós sois a
luz do mundo. Deixai-a brilhar. Ide e pregai, dizendo: o reino dos céus está
próximo” (Mateus, 5:14 e 16; 10:5).
Assim como
os Apóstolos ante as lições e exemplos de Jesus, nós Para isso, estudemos Allan
Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na
atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma
espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação”.
espíritas, temos igual responsabilidade: a de divulgar os ensinamentos e as
consolações do Espiritismo, que já conhecemos.
Sandra Fiore
Transcrito do site: http://sandrafiore.blogspot.com.br/
BRASIL, A TERRA DO EVANGELHO
“O Brasil tem a missão de cristianizar. É a Terra
da Promissão. A Terra de todos. A Terra da fraternidade. A Terra de Jesus. A
Terra do Evangelho.
Na Era Nova e próxima, abrigará um povo diferente pelos costumes cristãos.”1
Na Era Nova e próxima, abrigará um povo diferente pelos costumes cristãos.”1
Em 1873, o Espírito Ismael comunica-se pela
primeira vez, por via mediúnica, no Grupo Confúcio, e revela a missão do Brasil
e os costumes do povo brasileiro na Nova Era.
Atualmente, 143 anos após, quando a dignidade, os
valores morais, o respeito ao bem público estão sendo aferidos e um cenário de
descrença se apresenta; muitos questionam, a missão do Brasil como coração do
mundo, pátria do evangelho.Em 1873, o Espírito Ismael comunica-se pela primeira
vez, por via mediúnica, no Grupo Confúcio, e revela a missão do Brasil e os
costumes do povo brasileiro na Nova Era.
Dá-nos a entender que os alimentadores deste
pensamento duvidoso e vacilante desconhecem ou esqueceram os dados recolhidos
nas tradições do Mundo Espiritual pelo Espírito Humberto de Campos no livro: Brasil,
coração do mundo, pátria do evangelho, psicografado pela
mediunidade abençoada de Chico Xavier.
O Brasil é coração e pátria do evangelho, desde o
momento em que “todos os Espíritos edificados nas lições sublimes do Senhor se
reuniram, logo após o descobrimento da nova terra, celebrando o acontecimento
nos espaços do Infinito.”[1]
Naquele instante, Jesus, “dirigindo-se a um dos seus elevados mensageiros na
face do orbe terrestre, ressoou sua voz com doçura: – Ismael, manda o meu
coração que doravante sejas o zelador dos patrimônios imortais que constituem a
Terra do Cruzeiro. […]”[2]
A partir dali, o lema: “Deus, Cristo e Caridade”,
passou a ser a bandeira daqueles que quiserem cumprir o dever, a que se
obrigaram antes de nascer nas terras brasileiras.
Naturalmente, este compromisso não dispensa a
autoevangelização, em primeiro lugar, a fim de que a força e o poder do exemplo
arrastem aqueles para os quais a mensagem da Caridade está sendo divulgada.
Assim, um povo diferente pelos seus costumes
cristãos está sendo forjado no país que tem a missão de coração do mundo e
pátria do evangelho, porque saberá buscar, gradativamente, na fonte da Boa-Nova
do Senhor, revivida e esclarecida pela Doutrina Espírita, a compreensão de que
somos imortais e de que necessitamos viver fraternalmente em sociedade,
conforme as Leis Divinas,sintetizadas na Lei Maior: a de Justiça, de Amor e de
Caridade.
REFERÊNCIAS:
¹ Mensagem do Espírito Ismael. Grupo Confúcio, 1873.
² XAVIER, Francisco C. Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho. Pelo Espírito Humberto de Campos. 34. ed. 8. imp. Brasília: FEB, 2015. cap. 3 – Os degredados, p. 25.
³ ——.——. p. 26.
² XAVIER, Francisco C. Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho. Pelo Espírito Humberto de Campos. 34. ed. 8. imp. Brasília: FEB, 2015. cap. 3 – Os degredados, p. 25.
³ ——.——. p. 26.
PREVENÇÃO AO
SUICÍDIO, TAREFA INADIÁVEL
Por Gerson Simões Monteiro
Os séculos de civilização, de ética e cultura não
conseguiram fazer que o instinto de auto destruição ( ... ) fosse dominado pela
análise fria e nobre da razão. Pelo contrário: parece que nas nações chamadas
supercivilizadas, pelo abuso das faculdades que revestem o ser, o homem
atira-se cada vez mais opiado no sorvedouro da autodestruição, consumido pelos
excessos de todo porte, ensoberbecido pela técnica e amolentado pela comodidade
perniciosa." Este pensamento do Espírito Victor Hugo, psicografado pelo
médium Divaldo Pereira Franco no livro Párias em Redenção 1, completa-se ainda
com a seguinte ideia:
“Se anteriormente a forca anunciava a presença de
civilização numa cidade, o alto índice de suicídios num povo, atualmente,
revela a sua elevada cultura. Cultura, no entanto, pervertida, sem Deus nem
amor, sem vida nem sentimento.( ... )”
Tais colocações revestem-se de crua atualidade;
senão vejamos os índices do recém-lançado “MAPA DA VIOLÊNCIA IV”, da Unesco,
contemplando o período entre 1993 e 2002. O mapa demonstra que os suicídios no
Brasil passaram de 5.553 em 1993 para 7.715 em 2002, representando um aumento
de 38,9%. No mesmo período, o aumento é bem superior ao registrado em óbitos
por acidentes de transporte (19,5%), mas ainda está abaixo dos homicídios
(62,3%).
Entre os adolescentes e jovens de 15 a 24 anos, o
aumento foi menor (30,8%), passando de 1.252 para 1.637 suicídios entre 1993 e
2002. As situações por estado são bem diferenciadas: no Amapá, Maranhão e
Paraíba, por exemplo, o número de suicídios de jovens quadruplicou. Já em
Estados como São Paulo, Paraná e Distrito Federal, registrou-se a queda dos
índices.
Relativizando os dados segundo o tamanho da
população, verifica-se que a taxa do País no ano de 1993 foi de 3,7 suicídios
para cada 100 mil habitantes. Com oscilações, ela foi crescendo lentamente
para, em 2002, apresentar-se em 4,4 suicídios por 100 mil habitantes.
Em 2002, a maior concentração de suicídios
encontrou-se nos Estados da Região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul (9,9
suicídios por 100 mil habitantes). Mas outros Estados também apresentaram taxas
elevadas, acima de 6 suicídios em 100 mil habitantes, como Santa Catarina
(7,8), Mato Grosso do Sul (7,8) e Amapá (6,8).
Entre as muitas causas que estão levando as pessoas
a cometerem o suicídio, a depressão é apontada como a principal delas, segundo
avaliação da Organização Mundial de Saúde (OMS). O portador de uma dor física
tem um profissional para atendê-lo, mas, e o de transtornos psicológicos, a
quem procurar? Onde buscar ajuda?
Neste particular, o Centro de Valorização da Vida
(CVV) realiza um relevante serviço em favor dos suicidas potenciais através do
atendimento telefônico, praticamente sem recursos governamentais. A partir do
momento em que um ser humano se coloca em disponibilidade para ouvir com
compaixão o desabafo de outra pessoa, pode-se dizer que começou o trabalho de
prevenção ao suicídio.
Os Centros Espíritas também realizam um trabalho de
ajuda fundamental por meio do Atendimento Fraterno2, não só aos deprimidos, mas
também às pessoas que precisam de assistência espiritual. De um modo geral,
permite-se o contato direto e possibilita-se o desabafo de quem esteja pensando
em abandonar a vida pelo autoextermínio. Por outro lado, as reuniões de
desobsessão2 são de suma importância para ajudar aqueles que pensam em
suicidar-se, através da moralização do Espírito inimigo responsável pela
sugestão infeliz de desistir da vida.
Um estudo feito com 153 pessoas pelo Centro de Controle e Prevenção de
Doenças, nos Estados Unidos, expôs de perto a elas histórias de suicídio, numa
visão oposta ao pensamento comum de que um suicídio incentiva outro. Pelo
contrário, segundo a conclusão desse estudo, ter conhecido alguém que se
suicidou ou ouvir relatos de suicídios reduz as chances de uma nova tragédia
acontecer. No site da instituição, os responsáveis pela pesquisa esclarecem que
os meios de comunicação devem desempenhar um papel fundamental nos esforços
para educar o público na prevenção do suicídio.
Neste sentido, o Conselho Federativo Nacional da
Federação Espírita Brasileira, ao lançar a Campanha Em defesa da Vida, vem cumprindo
a importante tarefa de combater o suicídio ao elaborar cartazes e literatura de
apoio, bem como sugerindo ao Movimento Espírita que o assunto seja abordado em
programas de rádio, televisão, vídeo, Internet ou qualquer outro meio de
comunicação, sempre de forma preventiva.
É importante ressaltar que a Doutrina Espírita tem
uma grande contribuição para ajudar a pessoa aflita e desesperada no momento em
que pensa desertar da vida pela porta falsa do suicídio. Ela demonstra que a
alma continua a viver além da morte, e explica as causas dos sofrimentos,
mostrando que eles, suportados com resignação neste mundo, transformar-se-ão em
luzes para a sua alma ao reingressar nas esferas espirituais. O Espiritismo
demonstra também que o suicida sofre terrivelmente, no mundo dos Espíritos, as
consequências do seu gesto de rebeldia contra as Leis do Criador, expiando o
mal cometido contra si mesmo em nova reencarnação, a fim de harmonizar-se com a
Lei do Progresso que visa à sua evolução para a perfeição espiritual.
Referências Bibliográficas:
1 FRANCO. Divaldo P. Párias em Redenção, pelo Espírito Victor Hugo. 3.
ed. Rio de Janeiro: FEB, 1971,Segundo Livro, cap. I, p.174.
2 FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA
–Conselho Federativo Nacional. Orientação ao Centro Espírita. 3. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 1988. p. 67.
O Suicídio
A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro,
as ideias materialistas, numa palavra, são os maiores incitantes ao suicídio;
ocasionam a covardia moral. Quando homens de ciência, apoiados na autoridade do
seu saber, se esforçam por provar aos que os ouvem ou leem que estes nada têm a
esperar depois da morte, não estão de fato levando-os a deduzir que, se são
desgraçados, coisa melhor não lhes resta senão se matarem? Que lhes poderiam
dizer para desviá-los dessa consequência? Que compensação lhes podem oferecer?
Que esperança lhes podem dar? Nenhuma, a não ser o nada. Daí se deve concluir
que, se o nada é o único remédio heroico, a única perspectiva, mais vale
buscá-lo imediatamente e não mais tarde, para sofrer por menos tempo.
A propagação das doutrinas
materialistas é, pois, o veneno que inocula a ideia do suicídio na maioria dos
que se suicidam, e os que se constituem apóstolos de semelhantes doutrinas
assumem tremenda responsabilidade. Com o Espiritismo, tornada impossível a
dúvida, muda o aspecto da vida. O crente sabe que a existência se prolonga
indefinidamente para lá do túmulo, mas em condições muito diversas; donde a
paciência e a resignação que o afastam muito naturalmente de pensar no suicídio;
donde, em suma, a coragem moral.
Allan Kardec
Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo. 2. ed. especial. Rio de
Janeiro: FEB, 2004, cap. V; item 16, p. 131-132.
Fonte: revista Reformador, da FEB, de novembro de 2004
Transcrito do site: http://fems.org.br/Registro.aspx?id=20140708121455&Tipo=artigos
SUICÍDIO
Por D.Villela
Apesar do poderoso impulso para continuarmos
vivendo, assegurado pelo instinto de conservação, é bem conhecida, desde o
passado distante, a tentativa ilusória de fugir de situações difíceis através
do suicídio.
Desde Cleópatra e Judas, na Antiguidade – a
primeira deixando-se picar por uma serpente e o segundo enforcando-se após a
prisão do Mestre – aos líderes nazistas, que ingeriram veneno pouco antes de
serem presos, é grande o número dos que deixaram a existência material por essa
porta sombria.
As religiões sempre reprovaram esse gesto
extremo, considerando covardes ou rebeldes os seus autores, e a tradição cristã
recusa-lhes o benefício das orações normalmente feitas pelos mortos,
informando, também, que estariam para sempre condenados a terrível sofrimento.
A principal causa do suicídio, inclusive dos
homens-bomba de nossos dias, é o desconhecimento acerca da vida espiritual,
cuja apresentação desfigurada e destituída de comprovação leva muitos à dúvida,
ou mesmo à negação de sua realidade, ou ainda ao fanatismo. As duas primeiras
desarticulam as resistências morais, que podem chegar ao colapso, abrindo
caminho ao autocídio.
O terceiro capaz, como sabemos, de levar aos atos
mais desumanos, na convicção de se estar agindo segundo a vontade de Deus.
A Doutrina Espírita aborda essa questão
valendo-se, inclusive, dos depoimentos dos próprios suicidas e oferecendo uma
visão nova, lógica e também consoladora acerca dessa ocorrência sempre tão
triste.
Analisando os relatos dos que haviam desertado da
vida, observou Allan Kardec dois aspectos significativos: por um lado a enorme
variedade de situações em que eles se encontravam, fruto das circunstâncias
que, em cada caso, acentuavam ou atenuavam a gravidade do fato. Depois, a
presença e a ação da misericórdia divina, amparando aqueles sofredores até sua
plena reabilitação, que invariavelmente chegaria.
Pela clareza e consistência de suas informações,
bem como pelo panorama coerente que nos descortina acerca da vida, com o apoio
nos dados da observação, o Espiritismo constitui um poderoso antídoto contra a
ideia da autodestruição, equipando o indivíduo com valiosos recursos para o
enfrentamento dos mais graves desafios existenciais. As obras espíritas
mostram, além disso, que mesmo estando a sós, do ponto de vista humano, jamais
estaremos abandonados, pois companheiros invisíveis, agindo em nome da bondade
divina, estão prontos a nos envolver em vibrações amigas, fortalecendo-nos a
coragem e a resignação, capazes de preservarem nosso equilíbrio mesmo nos
momentos mais angustiantes.
Aprendemos, assim, com a Doutrina Espírita, a
considerar os suicidas, não como réprobos deserdados de toda a esperança, mas
como irmãos nossos, vitimados por enganos cruéis, tornando-se, por isso,
credores de nossas preces, que muito favorecerão os esforços que realizam na
reconquista da própria paz.
-x-
“O Céu e o Inferno” (Segunda Parte, capítulo
5).
♦
“Cientes
de que não existem problemas sem solução, por mais pesada a carga de
sofrimento, em que te vejas, segue à frente, trabalhando e servindo, [...] porque
o trabalho, invariavelmente, dissolve quaisquer sombras que nos envolvam a
mente”. “Amigo”
Emmanuel
Transcrito do informativo SEI – Serviço Espírita de
Informação / março/2015 / nº 2246
CIENTISTAS COMPROVAM A REENCARNAÇÃO HUMANA
Desde
que o mundo é mundo discutimos e tentamos descobrir o que existe além da morte.
Desta vez a ciência quântica explica e comprova que existe sim vida (não
física) após a morte de qualquer ser humano.
Um
livro intitulado “O biocentrismo: Como a vida e a consciência são as chaves
para entender a natureza do Universo” “causou” na Internet, porque continha uma
noção de que a vida não acaba quando o corpo morre e que pode durar para
sempre.
O
autor desta publicação o cientista Dr. Robert Lanza, eleito o terceiro mais
importante cientista vivo pelo NY Times, não tem dúvidas de que isso é
possível.
Além
do tempo e do espaço Lanza é um especialista em medicina regenerativa e diretor
científico da Advanced Cell Technology Company. No passado ficou conhecido por
sua extensa pesquisa com células-tronco e também por várias experiências bem
sucedidas sobre clonagem de espécies animais ameaçadas de extinção.
Mas
não há muito tempo, o cientista se envolveu com física, mecânica quântica e
astrofísica. Esta mistura explosiva deu à luz a nova teoria do biocentrismo que
vem pregando desde então. O biocentrismo ensina que a vida e a consciência são
fundamentais para o universo.
É a consciência que cria o universo
material e não o contrário.
Lanza aponta para a estrutura do próprio universo e
diz que as leis, forças e constantes variações do universo parecem ser afinadas
para a vida, ou seja, a inteligência que existia antes importa muito. Ele
também afirma que o espaço e o tempo não são objetos ou coisas mas sim ferramentas
de nosso entendimento animal.
Lanza diz que carregamos o espaço e o tempo em
torno de nós “como tartarugas”, o que significa que quando a casca sai, espaço
e tempo ainda existem.
A teoria sugere que a morte da consciência
simplesmente não existe. Ele só existe como um pensamento porque as pessoas se
identificam com o seu corpo. Eles acreditam que o corpo vai morrer mais cedo ou
mais tarde, pensando que a sua consciência vai desaparecer também. Se o corpo
gera a consciência então a consciência morre quando o corpo morre. Mas se o
corpo recebe a consciência da mesma forma que uma caixa de tv a cabo recebe
sinais de satélite então é claro que a consciência não termina com a morte do veículo
físico. Na verdade a consciência existe fora das restrições de tempo e espaço.
Ela é capaz de estar em qualquer lugar: no corpo humano e no exterior de si
mesma. Em outras palavras é não-local, no mesmo sentido que os objetos
quânticos são não-local.
Lanza também acredita que múltiplos universos podem
existir simultaneamente.
Em um universo o corpo pode estar morto e em outro
continua a existir, absorvendo consciência que migraram para este universo.
Isto significa que uma pessoa morta enquanto viaja através do mesmo túnel acaba
não no inferno ou no céu, mas em um mundo semelhante a ele ou ela que foi
habitado, mas desta vez vivo. E assim por diante, infinitamente, quase como um
efeito cósmico vida após a morte.
Vários Mundos
Não são apenas meros mortais que querem viver para
sempre mas também alguns cientistas de renome têm a mesma opinião de Lanza.
São os físicos e astrofísicos que tendem a
concordar com a existência de mundos paralelos e que sugerem a possibilidade de
múltiplos universos.
Multiverso (multi-universo) é o conceito científico
da teoria que eles defendem. Eles acreditam que não existem leis físicas que
proibiriam a existência de mundos paralelos.
O primeiro a falar sobre isto foi o escritor de
ficção científica HG Wells em 1895 com o livro “The Door in the Wall“. Após 62
anos essa ideia foi desenvolvida pelo Dr. Hugh Everett em sua tese de
pós-graduação na Universidade de Princeton. Basicamente postula que, em
determinado momento o universo se divide em inúmeros casos semelhantes e no
momento seguinte, esses universos “recém-nascidos” dividem-se de forma
semelhante. Então em alguns desses mundos que podemos estar presentes, lendo
este artigo em um universo e assistir TV em outro.
Na década de 1980 Andrei Linde cientista do Instituto
de Física da Lebedev, desenvolveu a teoria de múltiplos universos. Agora como
professor da Universidade de Stanford, Linde explicou: o espaço consiste em
muitas esferas de insuflar que dão origem a esferas semelhantes, e aqueles, por
sua vez, produzem esferas em números ainda maiores e assim por diante até o
infinito. No universo eles são separados. Eles não estão cientes da existência
do outro mas eles representam partes de um mesmo universo físico.
A física Laura Mersini Houghton da Universidade da
Carolina do Norte com seus colegas argumentam: as anomalias do fundo do cosmos
existem devido ao fato de que o nosso universo é influenciado por outros
universos existentes nas proximidades e que buracos e falhas são um resultado
direto de ataques contra nós por universos vizinhos.
Alma
Assim, há abundância de lugares ou outros universos
onde a nossa alma poderia migrar após a morte, de acordo com a teoria de neo
biocentrismo.
Mas será que a alma existe? Existe alguma teoria
científica da consciência que poderia acomodar tal afirmação?
Segundo o Dr. Stuart Hameroff uma experiência de
quase morte acontece quando a informação quântica que habita o sistema nervoso
deixa o corpo e se dissipa no universo.
Ao contrário do que defendem os materialistas, Dr.
Hameroff oferece uma explicação alternativa da consciência que pode, talvez,
apelar para a mente científica racional e intuições pessoais.
A consciência reside, de acordo com Stuart e o
físico britânico Sir Roger Penrose, nos microtúbulos das células cerebrais que
são os sítios primários de processamento quântico. Após a morte esta informação
é liberada de seu corpo, o que significa que a sua consciência vai com ele.
Eles argumentaram que a nossa experiência da
consciência é o resultado de efeitos da gravidade quântica nesses microtúbulos,
uma teoria que eles batizaram Redução Objetiva Orquestrada.
Consciência ou pelo menos proto consciência é
teorizada por eles para ser uma propriedade fundamental do universo, presente
até mesmo no primeiro momento do universo durante o Big Bang. “Em uma dessas
experiências conscientes comprova-se que o proto esquema é uma propriedade
básica da realidade física acessível a um processo quântico associado com
atividade cerebral”.
Nossas almas estão de fato construídas a partir da
própria estrutura do universo e pode ter existido desde o início dos tempos.
Nossos cérebros são apenas receptores e amplificadores para a proto-consciência
que é intrínseca ao tecido do espaço-tempo. Então, há realmente uma parte
de sua consciência que é não material e vai viver após a morte de seu corpo
físico.
Dr. Hameroff disse ao Canal Science através do
documentário Wormhole: “Vamos dizer que o coração pare de bater, o sangue pare
de fluir e os microtúbulos percam seu estado quântico. A informação quântica
dentro dos microtúbulos não é destruída, não pode ser destruída, ele só
distribui e se dissipa com o universo como um todo”.
Robert Lanza acrescenta aqui que não só existem em
um único universo, ela existe talvez, em outro universo.
Se o paciente é ressuscitado, esta informação
quântica pode voltar para os microtúbulos e o paciente diz: “Eu tive uma
experiência de quase morte”.
Ele acrescenta: “Se ele não reviveu e o paciente
morre é possível que esta informação quântica possa existir fora do corpo
talvez indefinidamente, como uma alma”.
Esta conta de consciência quântica explica coisas
como experiências de quase morte, projeção astral, experiências fora do corpo e
até mesmo a reencarnação sem a necessidade de recorrer a ideologia religiosa. A
energia de sua consciência potencialmente é reciclada de volta em um corpo
diferente em algum momento e nesse meio tempo ela existe fora do corpo físico
em algum outro nível de realidade e possivelmente, em outro universo.
Artigo
publicado originalmente em inglês no site SPIRIT SCIENCE AND METAPHYSICS.
Fonte:
"Fórum Espírita"
ARTIGOS CIENTÍFICOS
APONTAM PARA EXISTÊNCIA DE UM MUNDO ESPIRITUAL
Em um momento de tanta baixa-estima nacional,
em várias áreas, nosso país pode orgulhar-se de uma coisa: pesquisadores
sérios, cientistas em várias áreas, que tentam confirmar, ou infirmar, a
existência de fenômenos espirituais. Quem tem capitaneado e congregado grande
parte destes esforços é o professor de psiquiatria da Universidade Federal de
Juiz de Fora, Alexander Moreira Almeida, especialista, mestre e doutor em
psiquiatria pela USP, hoje provavelmente o psiquiatra que mais entende de
espiritualidade, relação mente-corpo, no mundo todo. Tanto é que vem de ser
eleito como o presidente do departamento de psiquiatria e religião da
prestigiosa Associação Psiquiátrica Mundial (World
Psychiatry Association). Alexander também é o presidente da Seção de
psiquiatria da religião da Associação Brasileira de Psiquiatria. Ele dirige um
núcleo de pesquisas científico na Unviersidade de Juiz de Fora (Nupes) voltado
exclusivamente para a pesquisa do assunto e hoje, no Brasil, é o principal
fomentador desta veia de discussão, fomentos
científicos e trabalho de pesquisa. O Nupes conta, além de revista
própria, um importante canal televisivo de divulgação dos trabalhos (TV Nupes),
aulas didáticas, discussões científicas de altíssimo matiz, gratuitas e
disponíveis na internet (vide abaixo). Pode-se dizer que o protagonista disto
tudo, Alexander, é um verdadeiro gênio (inclusive tive oportunidade de
examiná-lo pessoalmente, ahahaha), e, como muitos grandes gênios, de uma
bondade e envergadura de espírito condizente com sua inteligência. Através da
Nupes tive oportunidade de conhecer três trabalhos de alta relevância
científica.
No primeiro deles (A poesia transcendente
de Parnaso de além-túmulo, Alexandre Caroli Rocha, Dissertação mestrado em
Teoria e História Literária, Unicamp, 2001. http://www.hoje.org.br/arq/artigos/parnaso_dissert.pdf)
o autor, um cientista literário, destrincha o inexplicável “maior fenômeno da
literatura mundial” (citação minha): como um garoto de 17 anos, semi-analfabeto
(4º ano primário, em cidadezinha do interior mineiro, Pedro Leopoldo),
trabalhador braçal (hortas, ensacadora de algodão, fazenda), arrimo de família
(trabalhando o dia todo), quase uma dezena de irmãos para cuidar, órfão, de uma
penada só psicografou 100 poetas
brasileiros, desde os mais conhecidos (e difíceis , p.ex., Augusto dos Anjos,
Cruz e Souza, Olavo Bilac, etc) até os absolutamente desconhecidos (p.ex. um
poeta , sargento do Exército de Caxias,
que ninguém conhecia, ninguém sabia que existia, que escrevia poesias e
que, por meio do pesquisador literário Elias Barbosa , foi redescoberto em
anais e documentos do Exército no século XIX). Ninguém nem tinha ouvido falar
do tal sargento, e este provou-se, existia mesmo e era poeta obscuro e
bissexto. As poesias citadas no livro Parnaso de Além-Túmulo não comungam apenas
da estilística literária completamente sui-generis de cada autor, mas também da
temática, e, o que é dificílimo, de toda a métrica técnica (p.ex.,
duodecassílabos, alexandrinos, linguajar completamente hermético-esotérico
[Augusto dos Anjos], etc). Eu mesmo, que
tenho um punhado de títulos universitários, que tenho por profissão ler e
escrever, já tentei, durante um mês, reproduzir uma estrofe de Augusto dos
Anjos e não consegui. Quanto mais escrever isto com versos do mesmo número de
sílabas, com a sílaba tônica em tal ou tal lugar, ou seja, com todo o
hiper-tecnicismo que a métrica poética exige (e que Chico Xavier cumpria). Só
de um autor para mim foi impossível, imaginem para cem autores!! Imaginem um
garoto de 17 anos!! Imaginem um rapaz do interior de Minas, braçal, ignorante,
arrimo, sem tempo para jogar uma partida de biloca. Pois bem, esta é a tônica
do estudo do cientista literário da Unicamp, Alexandre Caroli.
Mas há mais, há também o estudo de um grupo
de pesquisadores brasileiros em psiquiatria, neuropsicologia, neurociências (do
qual tenho orgulho de dizer que meu irmão, neuropsiquiatra Leonardo Caixeta,
faz parte) que, nos Estados Unidos, estudando o cérebro de médiuns com métodos
neurobiológicos rigorosos, estatísticos, absolutamente objetivos, constatou que
o cérebro do médium, durante o transe mediúnico, é completamente diferente de
outras pessoas e inclusive do próprio médium, quando escrevendo ou falando fora
do transe. Mostra, portanto, que a atividade cerebral mediúnica, ao contrário
do que muitos dizem, não é fruto apenas do psiquismo do médium, mas pode estar
sofrendo influência de um outro processo externo, a comunicação com um
postulado mundo espiritual. O trabalho foi publicado numa prestigiosa revista
científica americana, e as imagens neurocerebrais podem ser vistas em: Neuroimaging during trance state: a
contribution to the study of dissociation. Peres JF, Moreira-Almeida A, Caixeta
L, Leao F, Newberg A.
PLoS One. 2012; 7(11): e49360.
http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0049360.
Na mesma linha, o pesquisador psiquiatra
Alexander Moreira-Almeida publicou um importantíssimo trabalho de psiquiatria
da religião, orientado inclusive em sua tese por um professor-cientista cristão
protestante, trabalho no qual provou que os médiuns espíritas fidedignos, ao
contrário do que sempre se divulgou (sobretudo no auge do espiritismo
kardecista, na Europa do século XIX, quando havia a tese da “loucura espírita”)
têm uma saúde mental até melhor do que a população geral.
Igualmente digno de nota é o trabalho do
mesmo cientista literário citado acima, agora com sua tese de doutorado: O Caso
Humberto De Campos: Autoria Literária e Mediunidade.
Alexandre Caroli Rocha, Tese de Doutorado
em Teoria e História Literária, Unicamp, 2008. http://www.hoje.org.br/arq/artigos/HumbertodeCampos_tese-AlexandreCaroliRocha.pdf,
que versa sobre o estudo do trabalho literário de Humberto de Campos (Academia
Brasileira de Letras), tanto quanto estava vivo quanto depois de morto (através
da mediunidade psicográfica de Chico Xavier). O autor fez um trabalho hercúleo,
debruçando-se sobre a vastíssima produção literária do “Humberto de Campos
encarnado”, sabidamente o mais prolífico escritor brasileiro de todos os
tempos. Suas obras completas somam dezenas e dezenas de volumes. Pois bem, o
crítico literário Caroli chega a uma conclusão igualmente peremptória: não só a
estilística de Humberto de Campos se mantém após a morte, mas também a
semântica, a pragmática, a estrutura composicional, a paródia, o finíssimo
arcabouço cognitivo. E isto, repitamos, em um médium que escreveu mais de 500
livros, cada livro com uma estilística e conteúdos diferentes, sui-generis, e
próprios. Nem para um autor isto seria possível, imaginem para centenas e
centenas deles!!
Este tipo de estudo literário já foi
encetado e chegaram à semelhantes conclusões outros cientistas literários e
escritores de grande envergadura nacional, tais como R. Magalhães Júnior,
Bernardo Elis, estes dois também pertencentes à vetusta Academia Brasileira de
Letras. Sobre o trabalho psicográfico de Chico Xavier, dizia R. Magalhães
Junior: “Pode até ser fraude, mas se for fraude é a fraude mais perfeita que eu
já vi.” Bernardo Élis diz mais ou menos o seguinte sobre a psicografia de três
poetas goianos, por ocasião de uma passagem de Chico por aqui, onde os
psicografou de improviso, em longos
excertos poéticos : “Não só os méritos, mas até os defeitos destes três poetas
ele captou, por exemplo: Americano do Brasil continua sendo tão mau poeta do
lado de lá quanto o foi do lado de cá.” Além disto, Bernardo Elis estuda
cientificamente, minuciosamente, toda a métrica poética de Chico, comprovando
que esta bate perfeitamente com as técnicas utilizadas em vida.
Estes e outros artigos no tema estão
disponíveis em:
hoje.org.br/
A
série de artigos mente-cérebro publicada em revista nacional de psiquiatria começa
no fascículo abaixo:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0101-608320130003&lng=en&nrm=iso
Para
o canal no Youtube em ciência espiritualidade:
https://www.youtube.com/user/nupesufjf/videos
(Marcelo Caixeta, médico psiquiatra. Artigos às terças,
sextas, domingos acesso gratuito em dm.com.br
– seção Opinião Pública)
OUVIR
E FALAR
Há uma frase que no movimento espírita tornou-se extremamente conhecida,
e que qualquer um de nós, espiritistas, já ouviu alguém se referindo a ela em
palestras, estudos ou outras atividades do movimento espírita, e que por isso
mesmo o ouvinte imediatamente acrescenta ao seu conhecimento de Espiritismo e
sai, por sua vez, a espalhá-la multiplicando velozmente seu conteúdo.
Como não gosto de passar à frente algo referente à Doutrina Espírita de
que não possa apresentar a fonte de onde se origina minha informação, procurei
desesperadamente encontrar a conhecida frase, que se tornou tão comum e que
qualquer um, mesmo sem qualquer base doutrinária, hoje em dia se faz portador
de sua mensagem passando à frente o Espiritismo, sem qualquer base em seus
postulados divinamente codificados pelo digno seguidor do Mestre de Nazaré.
Só então me pude dar o direito de também acrescenta-la em minhas
modestíssimas anotações doutrinárias, para então poder tornar-me um divulgador
de seu conteúdo, não como sempre ouvi e li, nos diversos meios de comunicação
com que tive contato, bem como em palestras, seminários, livros, revistas,
programas de rádios etc., mas, sim, como em verdade ela nos foi transmitida por
seu criador, o querido benfeitor Emmanuel.
A frase a que me refiro é esta: “a maior caridade que podemos fazer
pela Doutrina Espírita é a sua própria divulgação”. Ora, quem procurar essa
frase nos livros de Espiritismo ditados por Emmanuel a Chico Xavier, não será
bem sucedido em sua busca, pois a tal frase, tão corriqueira no movimento
espírita, não está escrita dessa forma nem foi pronunciada pelo citado
benfeitor dessa maneira.
A referida citação está contida no livro “Estude e Viva”, ditado pelos
Espíritos Emmanuel e André Luiz, psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira,
e consta do capítulo 40 da referida obra, intitulado Socorro Oportuno, o que
nos mostra como as coisas são alteradas ou modificadas voluntária ou
involuntariamente, quando passadas de um para outro interlocutor; senão vejamos
como está no livro: “(...) Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e
trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso,
estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no
exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos
solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria
divulgação”. (1)
Em momento algum identifiquei no conteúdo do parágrafo acima que a
divulgação do Espiritismo seja a maior caridade que podemos fazer pela doutrina
espírita. Penso que a observância e vivência correta dos seus postulados ainda
é a grande finalidade da doutrina espírita ao seu sincero seguidor, pois, da
forma como ela vem sendo difundida por grande parcela de “espíritas” que não
conhecem seus postulados, não é verdadeiramente nenhuma forma positiva de
caridade para com ela, e sim um enorme desserviço prestado contra sua digna e
elevada mensagem. Isto porque o Espiritismo nos solicita que estudemos a
codificação, que é a mensagem do Consolador Prometido por Jesus, tão bem
elaborada pelo fiel Discípulo do Mestre de Nazaré, para a vivência da mensagem
cristã, contida no evangelho ensinada e exemplificada por Jesus, para só então,
sem que seja preciso fazer qualquer alarde, a espalhemos em forma de atitude,
na ação da caridade em favor do nosso semelhante, testemunhando com nosso
próprio trabalho na plantação da semente do bem para que possa germinar, crescer
e dar bons frutos.
A referência de Emmanuel ao estudo das obras de Kardec não é citada,
mesmo fazendo parte do mesmo pensamento no assunto enfocado, e que por essa
razão não pode ser desprezado ou esquecido como se não tivesse sido
pronunciado. É por essa razão que a divulgação da doutrina espírita segue sendo
difundida sem qualquer cuidado com a fidelidade doutrinária, que todo e
qualquer espírita consciente deve ter como meta primordial; essa é a razão de
hoje em dia se aceitar verdadeiros absurdos como sendo obra espírita, quando
não passam de ridículas obras mediúnicas, e o pior, são aceitas até mesmo por
grande número de “espíritas” que, sem conhecerem os fundamentos da doutrina que
dizem professar, mas que não professam verdadeiramente, a elas se referem com
entusiasmo, como se estivessem falando do conteúdo da mensagem espírita
codificada pelos Nobres Imortais sob a supervisão do próprio Jesus.
Precisamos tomar cuidado com as frases corriqueiras, e prestarmos mais
atenção ao conteúdo do que à forma, para que o mais importante das mensagens
que nos cheguem ao conhecimento não seja simplesmente aceito sem uma análise
mais apurada em todo o seu conjunto, e, sim, que seja devidamente apreciado e
absorvido pelo crente sincero da doutrina espírita, e, se for portador de um
bom conteúdo, aí então dele se utilizará para sua correta divulgação.
O espírita sincero deve ter por lema: “fora da caridade não há salvação”,
(2) mas deve observar que essa máxima
precisa ser devidamente compreendida para não ser interpretada ao bel prazer de
quem quer que se ache tão absolutamente dono da verdade, pois a caridade não
dispensa o cuidado que todos devemos ter em observar que “fé inabalável só o é
a que pode encarar frente a frente a razão em todas as épocas da humanidade”, (3)
e que por isso mesmo, não podemos nos deixar descuidar da razão e o bom senso.
A principal caridade que podemos fazer é a nós mesmos, em primeiro lugar,
estudar a mensagem cristã contida no evangelho, como nos alerta Emmanuel,
seguindo Jesus através de Kardec, e efetuarmos nossa transformação
moral-espiritual, para que, fundamentados no cristianismo redivivo que o
Consolador nos veio trazer, possamos dar testemunhos como nos alerta o
benfeitor: “seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra”, de que
seguimos Jesus, como fiéis discípulos respeitáveis divulgadores da sua sublime
mensagem, sem achismos ou modismos condenáveis sob todos os aspectos.
Em O Evangelho segundo o Espiritismo encontramos a bela mensagem que o
Espírito de Verdade nos transmitiu e que transcrevemos a seguir: “Espíritas!
amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No
Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que
nele se enraizaram”. (...) (4)
Precisamos entender que o Cristianismo contém todas as orientações de que
necessitamos para fazer crescer em nós os valores morais que dormitam em nosso
íntimo, desde nossa criação, e que só o estudo sério, constante e disciplinado
da doutrina espírita dar-nos-á a necessária capacidade para melhor compreender
as atitudes infelizes e os defeitos do nosso próximo, ampliando nosso poder de
discernir melhor para melhor agir, utilizando-nos dos recursos hauridos nos
conhecimentos adquiridos nesses estudos, para vivenciar em nosso dia-a-dia as
lições com que os Espíritos Superiores nos instruíram sobre a verdadeira
caridade como a entendia Jesus: “Benevolência para com todos, indulgência para
com as imperfeições alheias e perdão das ofensas” (5)
É hora de tomar uma atitude de serenidade e seriedade em tudo o que
pretendemos falar com relação à doutrina espírita, não mais agindo como simples
repetidores do que ouvimos alguém dizer, e, sim, procurarmos falar com
responsabilidade apenas do que realmente conhecermos com segurança e que esteja
contido nos postulados da codificação do Espiritismo.
Fontes:
1. Estude e Viva
– FEB 9ª edição, cap. 40, pelos espíritos Emmanuel/André Luiz, médiuns: Chico
Xavier/Waldo Vieira.
2. O Evangelho
segundo o Espiritismo, FEB 106ª edição, Cap. XV, item 10.
3. O Evangelho
segundo o Espiritismo, FEB 106ª edição, frontispício.
4. O Evangelho
segundo o Espiritismo, FEB 106ª edição, Cap. VI, item 5.
5. O Livro dos
Espíritos, FEB, 76ª edição, pergunta 886.
FRANCISCO REBOUÇAS – costareboucas@ig.com.br
Niterói – Rio de Janeiro (Brasil)
Niterói – Rio de Janeiro (Brasil)
Transcrito do site:
AS GRANDES CONSTELAÇÕES ESPIRITUAIS
Não se turbe o vosso coração. - Credes em Deus, crede também em mim.
Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria
dito, pois me vou para vos preparar o lugar. - Depois que me tenha ido e que
vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que
onde eu estiver, também vós aí estejais. (S. JOÃO, cap. 14, vv. 1a3.)
Existem nos espaços infinitos grandes
constelações espirituais, que servem de moradas para as almas que já se
despojaram de todas as imperfeições da matéria e que vivem conforme as
realidades espirituais ensinadas por Jesus. São os espíritos nobres, os
benfeitores da humanidade que se revestem de humildade e paciência para
lecionar e ensinar as verdades e belezas espirituais ao homem ainda preso às
dificuldades da matéria e aos atavismos perturbadores de suas vidas pregressas
e que ainda vibram como sensações grosseiras do seu primitivismo animal.
Allan Kardec, o sábio codificador, teve a
oportunidade de interrogar na questão 742 de O livro dos espíritos, “qual a
causa que leva o homem à guerra?”. E os espíritos responderam: “predominância
da natureza animal sobre a espiritual e satisfação das paixões, esclarecendo
sobre as nossas imperfeições que ainda fazem parte do nosso processo
reencarnatório.
Jesus é a oportunidade maravilhosa e bondosa que
a vida nos oferece de crescermos em redenção em busca da nossa paz. Nessa
trajetória redentora somos auxiliados por esses seres cósmicos que nos veneram
e nos guiam na nossa luta de ascensão em busca da grande luz. Quando, enfim,
depois de lutas imensas de renovação interior alcançarmos esses paradigmas
cósmicos, também seremos convidados a participar dessas grandes arquiteturas
espirituais onde o amor é o grande farol redentor que ilumina todos os
espíritos que estão direcionados para o mesmo ideal de renovação moral da
humanidade espiritual, conforme os ensinamentos de Jesus, que asseverou que há
muitas moradas na casa do Pai, e que essas moradas são os diferentes mundos
habitados que servem de moradas para os espíritos de acordo com os seus
diferentes níveis evolutivos.
São os ensinamentos sublimes de iluminação
interior do mestre querido que preferiu vir na figura de filho de carpinteiro
para lecionar nos primeiros momentos a humildade, a caridade e principalmente o
amor como o antídoto para a cura de todas as dores humanas, que plenifica e
ilumina o ser na sua viagem espiritual, parafraseando os espíritos da
codificação que disseram no item, “A lei do amor” que o homem no seu inicio só
tem instintos, avançado e corrompido, tem sensações e que instruído e
purificado tem sentimentos e que o requinte do sentimento é o amor, mas não o
amor no sentido vulgar do termo mas esse sol interior que reúne e condensa em
seu foco ardente todas as aspirações e revelações humanas.
Assim só o amor é capaz de promover a felicidade
de todos que fazem parte desta grande família espiritual; que marcham juntos, porém
em níveis evolutivos diferentes. Que possamos um dia habitar as grandes e
sonhadas constelações espirituais onde reinam a paz, a alegria e a felicidade,
moradas essas dos espíritos puros que souberam viajar no tempo do átomo
primitivo até o arcanjo, de todos aqueles que souberam vivenciar o evangelho de
Jesus, como o mais notável roteiro seguro de iluminação.
E eis que surge a doutrina espírita, como o
Consolador prometido por Jesus. Ele mesmo nos prometeu que não nos deixaria
órfãos, que enviaria um outro consolador para que ficasse conosco eternamente,
na revivência plena do cristianismo primitivo e nas máximas morais do Cristo,
fazendo com que os que têm olhos de ver vejam e os que têm ouvidos de ouvir
ouçam que a verdadeira felicidade ainda não se encontra na Terra.
Oswaldo Coutinho da Silva Filho, Centro Espírita
Deus, Cristo e Caridade, Serrinha-BA
A PRIMEIRA
NECESSIDADE DO MÉDIUM
Desde que o
comandante Edgard Armond publicou sua excelente obra “Pontos da Escola de
Médiuns”, multiplicaram-se em nosso país os chamados cursos de mediunidade,
cujo apogeu se verificou na década de 1970 com o Centro de Orientação e
Educação Mediúnica (COEM), organizado e implantado por uma equipe de confrades
liderados pelo dr. Alexandre Sech, do Centro Espírita Luz Eterna, de Curitiba.
Pouco, porém, tem
sido dito ultimamente sobre as reais necessidades do médium para que se torne
um medianeiro seguro e confiável.
Claro que os
autores espíritas jamais deixaram essa questão sem resposta, como veremos nas
linhas abaixo. Somos nós, os trabalhadores da seara, que temos revelado a
tendência de reduzir a mediunidade a uma mera questão técnica, esquecidos do
fator moral, inerente à boa prática mediúnica.
Se, do ponto de
vista do mecanismo da comunicação, a mediunidade, em si mesma, não depende do
fator moral, do ponto de vista da assistência espiritual o fator moral torna-se
relevante.
Médiuns moralizados
contam com o amparo de Espíritos elevados. E por médium moralizado referimo-nos
ao medianeiro que pauta sua existência como um autêntico homem de bem,
procurando ser uma pessoa humilde, sincera, paciente, perseverante, bondosa,
estudiosa, trabalhadora e desinteressada.
A primeira
necessidade de um médium é, pois, evangelizar-se a si mesmo, antes de se entregar
às grandes tarefas doutrinárias, pois de outro modo poderá esbarrar sempre com
o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão. O médium eficiente é
aquele trabalhador que melhor se harmoniza com a vontade do Pai Celestial,
cultivando as qualidades que atraem os Bons Espíritos e destacando-se pelo
cultivo sincero da humildade e da fé, do devotamento e da confiança, da boa
vontade e da compreensão.
As qualidades que
atraem os Bons Espíritos, conforme lemos em “O Livro dos Médiuns”, cap. XX, item
227, são:
I. a bondade
II. a benevolência
III. a simplicidade do coração
IV. o amor ao próximo
V. o desprendimento das coisas materiais.
Os defeitos opostos
a essas qualidades, evidentemente, afastam de nós os Espíritos elevados, o que
constitui um obstáculo que o médium consciente da importância de sua faculdade
tem de transpor.
A mediunidade não
representa em si mesma nenhum mérito para quem a possui, porque o seu
aparecimento independe, como vimos, da formação moral do indivíduo. Pessoas de
comportamento moral duvidoso podem apresentar a faculdade mediúnica e sempre
encontrarão entidades espirituais que lhes secundem a vontade e o pensamento,
associando-se a elas na rede de desequilíbrio.
Ser bom médium é coisa
diferente, como Kardec explica na seguinte passagem: “Ninguém poderá tornar-se
bom médium se não conseguir despojar-se dos vícios que degradam a humanidade”
(Revista Espírita de 1863, p. 213). “Todo homem – asseverou, em seguida, o
Codificador – pode tornar-se médium; mas a questão não é ser médium; é ser bom
médium, o que depende das qualidades morais.”
Transcrito do site:
LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE
Essa tríade, que a Revolução Francesa consagrou
como símbolo de seus objetivos, embora o próprio movimento revolucionário, que
derrubou o absolutismo dos reis e potentados, não tivesse compreendido e
praticado o verdadeiro sentido das três palavras, continua representando ideais
a serem alcançados.
As três palavras, em conjunto ou separadamente,
são aspirações não somente para a vida individual, mas também para as
organizações sociais dos povos e nações, e, consequentemente, para toda a
Humanidade, já que sua significação encerra o mais alto ideal para a vivência
humana.
Na concepção espírita, considerando-se que o amor
é a síntese de todos os sentimentos generosos e por isso deve estar na base do
progresso para a renovação moral, a ordem natural da trilogia deveria ser:
fraternidade, igualdade, liberdade.
A fraternidade deve estar na primeira linha, como
geratriz da liberdade e da igualdade de todos. É ela o inverso do egoísmo, uma
das chagas humanas das sociedades de todas as épocas. É também uma das formas
da manifestação do amor ao próximo, significando caridade com benevolência,
indulgência, compreensão e tolerância.
É a forma de os homens se compreenderem e se
devotarem uns aos outros, tornando possível uma convivência de irmãos, filhos
do mesmo Pai. Portanto, a liberdade e a igualdade, no verdadeiro sentido que
encerram essas palavras, na vida social, dependem da conquista da fraternidade
e da sua vivência.
Essa conclusão remete-nos à grande aspiração da
reeducação moral da Humanidade, para que ela possa chegar à fase de um mundo
regenerado, como decorrência da divina lei do progresso.
Mas, sem querer ser pessimista, nosso mundo
parece muito distante do ideal de transformação pela fraternidade entre seus
habitantes. Em pleno século XXI, após dois mil anos da presença do Cristo, com
seus ensinos superiores sobre o amar a Deus e ao próximo como a si mesmo, a
Humanidade pouco evoluiu moralmente, continuando os homens egoístas e
orgulhosos, procurando as nações impor seus interesses às demais, utilizando as
guerras para obterem a paz.
Na realidade, são conquistas de prestígio e de
interesses materiais. Enquanto isso, as religiões tradicionais, em lugar de se
esforçarem pela prevalência da fraternidade e do entendimento entre elas,
digladiam-se por obter predominância sobre as concorrentes, com as graves
consequências conhecidas.
Se a prática da fraternidade prevalecesse entre
as nações, as raças e os indivíduos, como decorrência dos ensinos morais do
Cristo e de todos os que aceitaram suas lições de vida, há muito teriam
desaparecido as violências do mundo, especialmente as imposições dos mais
fortes sobre os fracos.
Em matéria de imposições e violências, nosso
mundo pouco evoluiu. Basta observar a atualidade para verificar que as
incompreensões entre as nações conduzem às guerras, preparando-se os governos
não para a paz e a cooperação, mas para as soluções violentas.
Só na primeira metade do século XX ocorreram duas
guerras mundiais, envolvendo múltiplas nações. Nos séculos anteriores sempre
estiveram presentes a violência e as imposições dos países mais fortes, sem
respeito à liberdade dos mais fracos.
Tornam-se impraticáveis a liberdade e a igualdade
sem a presença e vivência da fraternidade, quer entre os indivíduos, quer no
seio das famílias e de toda a sociedade. Assim, é pela prática da fraternidade
legítima que se cria para todos – nações, famílias e indivíduos – a igualdade e
a liberdade, com a paz, a ordem e a compreensão sem prejuízo da hierarquia, que
terá como princípio e fundamento o progresso moral e intelectual daqueles que
detiverem as maiores responsabilidades.
A fraternidade representa, assim, o amor
recíproco de todos os homens, ensinado pelo Cristo, acima do qual só deve
prevalecer o amor a Deus, a causa primária de todas as coisas, a Inteligência
Suprema.
A verdadeira fraternidade ainda não faz parte das
sociedades humanas, eis que ainda preponderam nas comunidades sociais os
privilégios, os direitos excepcionais, as leis discriminatórias, o
favorecimento pelas riquezas, os tratamentos diversificados.
Sem a fraternidade legítima torna-se impraticável
tanto a igualdade quanto a liberdade. Não se deve entender a igualdade como se
todas as pessoas fossem iguais, o que seria uma pretensão utópica, uma vez que
as criaturas humanas são diferentes e se encontram em posições evolutivas
diferenciadas.
A igualdade é um sentimento que permite a cada um
tratar seu semelhante, qualquer que seja sua posição social, ou condição de
vida, de forma igual, com amor, com compreensão, sem nenhuma discriminação.
O grande obstáculo à igualdade é o orgulho, que
leva o homem a julgar-se superior, pretendendo o domínio e a primazia em todas
as situações, inclusive no confronto com seus semelhantes. Considerar-se igual
aos seus irmãos, companheiros de jornada, situados em níveis diferentes, tem
sido para o homem uma pretensão inatingível, enquanto não conseguir superar seu
orgulho.
Sendo o orgulho, como o egoísmo, doenças sociais
que se manifestam nos indivíduos, frutos da ignorância das verdades eternas que
devem reger a vida de todos e de cada individualidade, a felicidade só será
alcançada quando essas chagas estiverem extintas em cada um, em um mundo
regenerado.
A liberdade natural faz parte do Espírito, ao ser
criado por Deus simples e ignorante, mas dotado de livre-arbítrio, inteligência
e vontade. Mas no campo social, o reconhecimento da liberdade natural sempre
encontrou obstáculos, em decorrência do egoísmo e do orgulho predominantes na
imensa maioria dos habitantes da Terra.
Egoísmo, orgulho e ignorância são os obstáculos
naturais, os inimigos gratuitos da fraternidade, da igualdade e da liberdade.
Enquanto esses três princípios não forem reunidos para deles resultarem o mútuo
apoio e a necessária solidariedade, nenhuma organização social será justa,
equânime e aberta ao progresso.
Impérios potentes, poderes absolutistas, riquezas
acumuladas à custa da escravidão e da exploração dos mais fracos, domínios de
povos e nações pela força das armas e da violência, todas essas formas
ilusórias de dominação têm existido e foram registradas pela história da
Humanidade.
Entretanto, no decorrer dos séculos e milênios,
ruíram os impérios, enfraqueceu-se o absolutismo e desapareceram muitas formas
injustas de dominação, substituídas por outras que também não subsistirão, numa
demonstração clara de que o homem ainda não encontrou a forma correta e justa
para suas organizações sociais.
Torna-se evidente que, neste mundo de expiações e
provas, faltam os elementos essenciais da fraternidade, da igualdade e da
liberdade, sobre os quais possam ser construídos os justos e sólidos edifícios
sociais e para que surja a verdadeira solidariedade entre todos os povos,
independentemente das raças a que pertençam.
O problema é vasto e complexo, e sua solução
precisa começa no imo de cada criatura, no coração de cada ser humano. A
educação intelectual e moral constitui a base para se resolver tão vasta
questão.
Se a educação intelectual já foi reconhecida como
necessária, o mesmo não ocorre com a educação moral, apesar de Jesus, o Cristo,
tê-la enfatizado em seus ensinos, que Ele sintetizou no amor a Deus e ao
próximo.
A fraternidade, na sua acepção mais pura, é a
prática do amor, como também o é a caridade. Amor, fraternidade, caridade são
os sentimentos que se opõem ao egoísmo, ao orgulho e à ignorância.
A igualdade e a liberdade são decorrências
naturais da fraternidade. É para a implantação desses valores morais que o
Cristo de Deus deixou no mundo suas lições e exemplos, prometendo ainda o envio
de outro Consolador, que já se encontra entre os homens, há cento e cinquenta
anos.
Juvanir Borges de Souza / Fonte: Reformador, maio
de 2007. FEB Editora.
Transcrito do site:
ALGUNS
MANDAMENTOS DO EVANGELIZADOR
DA
FAMÍLIA
1 -
Desenvolver no mundo íntimo de maneira crescente o amor a DEUS – Nosso Pai, a
JESUS – nosso Mestre e Senhor, e ao EVANGELHO – roteiro de aperfeiçoamento espiritual.
2 –
Considerar com a claridade da razão o Evangelho do Cristo como o princípio, a
regra e a norma de correção e educação, vida e trabalho em todas as
circunstâncias da existência.
3 –
Estudar a Doutrina Espírita, aplicando análise, meditação e reflexão, muito
especialmente os assuntos que tratam da temática FAMÍLIA nas obras do
Codificador Allan Kardec e nos bons livros psicografados ou em autores
encarnados.
4 –
Trabalhar com seriedade educativa os próprios sentimentos, para compreender,
amar e servir os membros da família, provindos que sejam de todos os segmentos
da sociedade, especialmente os que sofram experiências mais aflitivas e
dolorosas.
5 –
Distinguir com clareza, exatidão e convicção os temas doutrinários abaixo: a
INSTRUÇÃO e a EDUCAÇÃO, desenvolvimento da INTELIGÊNCIA e a educação dos
SENTIMENTOS, a cultura do CÉREBRO e a cultura do CORAÇÃO, o conhecimento da
Doutrina Espírita e a formação dos bons hábitos.
6 –
Com a luz da fé raciocinada e discernimento moral, saber diferençar a função
fundamental das três áreas que trabalham e cuidam da criança e do jovem:
1ª –
A educação nos ESTABELECIMENTOS DE
ENSINO DO MUNDO.
2ª –
A instrução evangélico-doutrinária nas ESCOLAS
ESPÍRITAS DE EVANGELIZAÇÃO DA CRIANÇA,
desenvolvidas nos centros espíritas.
3ª –
A educação dos sentimentos, a formação do caráter e o desenvolvimento dos bons
hábitos na mente e no coração da criança e do jovem no AMBIENTE FAMILIAR, por ação dos pais espíritas.
7 –
Aprimorar a capacidade de comunicabilidade fraternal e boa, amiga e simpática
para relacionar-se cada vez mais e melhor junto aos membros da família: o pai e
a mãe, as crianças e os jovens, os avós e os tios.
8 –
Dirigir, coordenar e participar das REUNIÕES DE PAIS ESPÍRITAS ou de FAMÍLIA,
com a sagrada intenção de doar sempre mais os recursos do próprio coração,
irradiando alegria, simpatia e bom ânimo.
9 – Ao
usar a palavra para expor os conhecimentos evangélico-doutrinários sobre
“Família” à luz da Doutrina Espírita, interesse falar mais com o coração cheio
de amor, abrindo as janelas da mente para a inspiração superior. Contudo não
dispensar jamais o estudo espírita aprofundado, elevando o padrão dos
pensamentos cristãos.
10 –
Plantar, com paciência e perseverança, na alma dos membros da família em
sofrimentos e dificuldades as energias construtivas da fé raciocinada, coragem
moral e esperança, soerguendo corações para a Verdade Espiritual e o Bem
Supremo.
11 – A
fim de prestar serviço de amor e fé, orientação e educação moral às famílias,
trabalhar mais os sentimentos com os aplicativos evangélicos: bondade e
atenção, respeito e consideração, carinho e compreensão, compaixão e
indulgência, brandura e empatia, perdão e paciência. Entender que cada virtude
evangélica praticada constitui verdadeiro tônico energético saudável para as
almas abatidas pelas lutas domésticas.
12 –
Não desanimar nunca, aumentando a energia da coragem moral ante as imensas
dificuldades e problemas por que passam as famílias, sejam de qualquer classe
social. Acreditar sempre que toda criatura espera a manutenção da luz
espiritual, paz da alma e harmonia do coração para manter a relativa felicidade
no ambiente familiar.
13 – Ao
promover estudos ou encontros da Família, não deixar o ânimo se abater, se os
participantes forem de pequeno número. Creia com a certeza da fé espírita –
muitas mães e pais desencarnados que faliram na educação moral dos filhos –
estarão presentes, trazidos pelos Benfeitores Espirituais, a fim de assimilarem
as bênçãos do esclarecimento espiritual.
Walter Barcelos
Uberaba - MG, outubro de 2008.
ARTIGOS CIENTÍFICOS
APONTAM PARA
EXISTÊNCIA DE UM MUNDO ESPIRITUAL
Em um momento de tanta baixa-estima
nacional, em várias áreas, nosso país pode orgulhar-se de uma coisa:
pesquisadores sérios, cientistas em várias áreas, que tentam confirmar, ou
infirmar, a existência de fenômenos espirituais. Quem tem capitaneado e congregado
grande parte destes esforços é o professor de psiquiatria da Universidade
Federal de Juiz de Fora, Alexander Moreira-Almeida, especialista, mestre e
doutor em psiquiatria pela USP, hoje provavelmente o psiquiatra que mais
entende de espiritualidade, relação mente-corpo, no mundo todo. Tanto é que vem
de ser eleito como o presidente do departamento de psiquiatria e religião da
prestigiosa Associação Psiquiátrica Mundial (World Psychiatry Association).
Alexander também é o presidente da Seção de psiquiatria da religião da
Associação Brasileira de Psiquiatria. Ele dirige um núcleo de pesquisas
científico na Unviersidade de Juiz de Fora (Nupes) voltado exclusivamente para
a pesquisa do assunto e hoje, no Brasil, é o principal fomentador desta veia de
discussão, fomentos científicos e trabalho de pesquisa. O Nupes conta, além de
revista própria, um importante canal televisivo de divulgação dos trabalhos (TV
Nupes), aulas didáticas, discussões científicas de altíssimo matiz, gratuitas e
disponíveis na internet (vide abaixo). Pode-se dizer que o protagonista disto
tudo, Alexander, é um verdadeiro gênio (inclusive tive oportunidade de
examiná-lo pessoalmente, ahahaha), e, como muitos grandes gênios, de uma
bondade e envergadura de espírito
condizente com sua inteligência. Através da Nupes tive oportunidade de conhecer
três trabalhos de alta relevância científica.
No primeiro deles (A poesia transcendente
de Parnaso de além-túmulo, Alexandre Caroli Rocha, Dissertação mestrado em
Teoria e História Literária, Unicamp, 2001.
http://www.hoje.org.br/arq/artigos/parnaso_dissert.pdf ) o autor, um cientista
literário, destrincha o inexplicável
“maior fenômeno da literatura mundial” (citação minha): como um garoto de 17
anos, semi-analfabeto (4º ano primário, em cidadezinha do interior mineiro,
Pedro Leopoldo), trabalhador braçal (hortas, ensacadora de algodão, fazenda),
arrimo de família (trabalhando o dia todo), quase uma dezena de irmãos para
cuidar, órfão, de uma penada só psicografou
100 poetas brasileiros, desde os mais conhecidos (e difíceis , p.ex., Augusto
dos Anjos, Cruz e Souza, Olavo Bilac, etc) até os absolutamente desconhecidos
(p.ex. um poeta , sargento do Exército de Caxias, que ninguém conhecia, ninguém sabia que
existia, que escrevia poesias e que, por meio do pesquisador literário Elias
Barbosa , foi redescoberto em anais e documentos do Exército no século XIX).
Ninguém nem tinha ouvido falar do tal sargento, e este provou-se, existia mesmo
e era poeta obscuro e bissexto. As poesias citadas no livro Parnaso de
Além-Túmulo não comungam apenas da estilística literária completamente
sui-generis de cada autor, mas também da temática, e , o que é dificílimo, de
toda a métrica técnica (p.ex., duodecassílabos, alexandrinos, linguajar
completamente hermético-esotérico [Augusto dos Anjos], etc). Eu mesmo, que tenho um punhado de títulos
universitários, que tenho por profissão ler e escrever, já tentei, durante um
mês, reproduzir uma estrofe de Augusto dos Anjos e não consegui. Quanto mais
escrever isto com versos do mesmo número de sílabas, com a sílaba tônica em tal
ou tal lugar, ou seja, com todo o hiper-tecnicismo que a métrica poética exige
(e que Chico Xavier cumpria). Só de um autor para mim foi impossível, imaginem
para cem autores!! Imaginem um garoto de 17 anos!! Imaginem um rapaz do
interior de Minas, braçal, ignorante, arrimo, sem tempo para jogar uma partida
de biloca. Pois bem, esta é a tônica do estudo do cientista literário da
Unicamp, Alexandre Caroli.
Mas há mais, há também o estudo de um grupo
de pesquisadores brasileiros em psiquiatria, neuropsicologia, neurociências (do
qual tenho orgulho de dizer que meu irmão, neuropsiquiatra Leonardo Caixeta,
faz parte) que, nos Estados Unidos, estudando o cérebro de médiuns com métodos
neurobiológicos rigorosos, estatísticos, absolutamente objetivos, constatou que
o cérebro do médium, durante o transe mediúnico, é completamente diferente de
outras pessoas e inclusive do próprio médium, quando escrevendo ou falando fora
do transe. Mostra, portanto, que a atividade cerebral mediúnica, ao contrário
do que muitos dizem, não é fruto apenas do psiquismo do médium, mas pode estar
sofrendo influência de um outro processo externo, a comunicação com um
postulado mundo espiritual. O trabalho foi publicado numa prestigiosa revista
científica americana, e as imagens neurocerebrais podem ser vistas em:
Neuroimaging during trance state: a contribution to the study of dissociation.
Peres JF, Moreira-Almeida A, Caixeta L, Leao F, Newberg A.
PLoS
One. 2012;7(11):e49360.
Na mesma linha, o pesquisador psiquiatra
Alexander Moreira-Almeida publicou um importantíssimo trabalho de psiquiatria
da reli-gião, orientado inclusive em sua tese por um professor-cientista
cristão protestante, trabalho no qual provou que os médiuns espíritas
fidedignos, ao contrário do que sempre se divulgou (sobretudo no auge do
espiritismo kardecista, na Europa do século XIX, quando havia a tese da
“loucura espírita”) têm uma saúde mental até melhor do que a população geral.
Igualmente digno de nota é o trabalho do
mesmo cientista literário citado acima, agora com sua tese de doutorado: O Caso
Humberto De Campos: Autoria Literária e Mediunidade.
Alexandre
Caroli Rocha, Tese de Doutorado em Teoria e História Literária, Unicamp, 2008.
http://www.hoje.org.br/arq/artigos/HumbertodeCampos_tese-AlexandreCaroliRocha.pdf, que versa sobre o estudo do trabalho
literário de Humberto de Campos (Academia Brasileira de Letras), tanto quanto
estava vivo quanto depois de morto (através da mediunidade psicográfica de
Chico Xavier). O autor fez um trabalho hercúleo, debruçando-se sobre a
vastíssima produção literária do “Humberto de Campos encarnado”, sabidamente o
mais prolífico escritor brasileiro de todos os tempos. Suas obras completas
somam dezenas e dezenas de volumes. Pois bem, o crítico literário Caroli chega
a uma conclusão igualmente peremptória: não só a estilística de Humberto de
Campos se mantém após a morte, mas também a semântica, a pragmática, a
estrutura composicional, a paródia, o finíssimo arcabouço cognitivo. E isto,
repitamos, em um médium que escreveu mais de 500 livros, cada livro com uma
estilística e conteúdos diferentes, sui-generis, e próprios. Nem para um autor
isto seria possível, imaginem para centenas e centenas deles!!
Este tipo de estudo literário já foi
encetado e chegaram à semelhantes conclusões outros cientistas literários e
escritores de grande envergadura nacional, tais como R. Magalhães Júnior,
Bernardo Elis, estes dois também pertencentes à vetusta Academia Brasileira de
Letras. Sobre o trabalho psicográfico de Chico Xavier, dizia R. Magalhães
Junior: “Pode até ser fraude, mas se for fraude é a fraude mais perfeita que eu
já vi.” Bernardo Élis diz mais ou menos o seguinte sobre a psicografia de três
poetas goianos, por ocasião de uma passagem de Chico por aqui, onde os
psicografou de improviso, em longos
excertos poéticos : “Não só os méritos, mas até os defeitos destes três poetas
ele captou, por exemplo: Americano do Brasil continua sendo tão mau poeta do
lado de lá quanto o foi do lado de cá.” Além disto, Bernardo Elis estuda
cientificamente, minuciosamente, toda a métrica poética de Chico, comprovando
que esta bate perfeitamente com as técnicas utilizadas em vida.
(Marcelo Caixeta, médico psiquiatra. Artigos às terças,
sextas, domingos acesso gratuito em dm.com.br
– seção Opinião Pública)
Transcrito do site:
http://www.dm.com.br/opiniao/2015/06/artigos-cientificos-apontam-para-existencia-de-um-mundo-espiritual.html
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