ARTIGOS



QUANTO TEMPO FALTA PARA A TERRA CHEGAR A MUNDO DE REGENERAÇÃO?




A Revista Espírita foi uma obra com periodicidade mensal dirigida por Allan Kardec de janeiro de 1858 até abril de 1869. Embora tenha desencarnado em março de 1869, o professor havia deixado a publicação de abril daquele ano pronta.

Com frequência os assinantes da Revista Espírita pediam a Kardec para que sua publicação fosse semanal ou quinzenal. Objetivavam beber da literatura do sábio francês mais constantemente.

Kardec respondia, de forma educada, que era humanamente impossível. Em primeiro lugar porque o trabalho a que se prestava o professor tornava-se cada dia mais intenso.
Além disso, caso optasse pela periodicidade menor o professor teria que aumentar o valor das assinaturas. Embora muitos afirmassem que pagariam de bom grado, isto seria um prato cheio para os detratores de Kardec que, vira e mexe acusavam o professor de enriquecer as custas do Espiritismo.
E, também, a Revista trazia em si o ideal da variedade e do complemento da obra construída pelo professor, portanto, deveria seguir a publicação mensal o que, segundo ele, seria mais conveniente.
Kardec informa, ainda, que a Revista registraria o desenvolvimento da ciência espírita e as novas teorias, mas que estas não poderiam ser aceitas antes de passar pelo controle universal do ensinamento dos Espíritos.
Percebe-se o zelo que Kardec tinha com o Espiritismo. Sua busca, conforme ele mesmo narra na introdução da Revista Espírita, era pela verdade, então teria que traçar estratégias seguras para que dela – verdade - não se afastasse, mas, também, que não obstruísse o progresso, porquanto sabia ele que o Espiritismo permanecia no patamar de ciência em construção, ou seja, aberto a continuação da verdade que, diga-se, deveria obedecer a marcha do progresso humano e não seria ministrada senão paulatinamente.
A grosso modo é a comparação da luz que quando muito forte ofusca ao invés de iluminar.
Kardec não tinha pressa, antes primava pela observação, pesquisa e estudo de determinado ponto para que a verdade não lhe escapasse.
Pode-se afirmar que Kardec era um homem sem agonia!
Agonia que muitas vezes reflete-se na ansiedade de constatar que a Terra será, em breve, promovida de mundo de prova e expiação para mundo de regeneração.
Alguns falam até de datas. Todavia, é valido buscar no professor Rivail a prudência, até porque essa promoção não ocorrerá por decreto. Na constituição de Deus não há espaço para negociatas. Ou seja, a Terra será promovida quando os homens a promoverem por meio de suas ações pautadas na prática evangélica.
Basta uma breve observação para conferir que a mudança moral é lenta.
Vejamos:
Cerca de 1.400 anos mais ou menos separam a primeira revelação dada por Moisés da vinda do Cristo à Terra. Logo, de Cristo para o Espiritismo são mais de 1.800 anos.
Não precisa fazer grandes reflexões para constatar que ainda não assimilamos nem a revelação dada por Moisés, porquanto ainda matamos, roubamos, tiramos vantagens indevidas e por ai vai...
Vide a situação do Espírito Santo, estado afetado pela “greve” da Polícia Militar e que as mortes pipocaram, os saques tomaram espaço e homens até então não envolvidos com o crime acabaram por se envolver pela razão de não estarem sendo fiscalizados pela polícia.
Em termos morais avançamos, mas ainda não praticamos nem o que Moisés revelou.
Vale lembrar que o Espiritismo tem pouco mais de 150 anos... Percebe-se que as revelações demoraram um bocado de tempo para fazer pequenino efeito no comportamento moral dos homens.
Em partindo deste princípio, se fizermos uma média entre as revelações, ou seja, 1.400 anos de Moisés a Jesus e 1.800 anos de Jesus ao Espiritismo teremos 1.600 anos de média.
Será que irão 1.600 anos para começarmos a praticar as lições de Jesus?
Em realidade tudo dependerá dos homens, então, cabe-nos acelerar esta progressão da Terra para um mundo melhor.
Outro dia ainda comentei com amigos:
Que os homens sejam todos, independentemente de religião, kardequianos, pois karquiano quer dizer:
Kardec para o cotidiano...
Só assim nosso mundo, de fato, será promovido para mundo de regeneração.
Wellington Balbo – Salvador-BA
Transcrito do informativo Notícias do Movimento Espírita” de 14 de fevereiro de 2017.
 
 
A PIOR DAS OPÇÕES PARA RESOLVER 
OS PROBLEMAS INTERNOS



Falar sobre suicídio não é nada fácil por causa do desgaste que este assunto provoca. Saber que um número muito grande de pessoas morrem em um intervalo muito curto de tempo, por cogitarem o ato de matar a si como uma opção, deixa qualquer um muito triste. De acordo com informações da OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 1 milhão de pessoas morrem ao ano por atentarem com a própria vida. Isso significa que acontece uma morte em mais ou menos 40 segundos em todo o planeta pelo autoextermínio. Entrando um pouco mais em detalhes, 4.000.000 (quatro milhões) de pessoas o tentam fazer, graças a Deus sem sucesso. Realmente é uma situação assombrosa.

Estatísticas feitas por psicólogos mostram que o suicídio está mais presente entre 15 e 34 anos, embora também ocorra a desventura em outras idades. Nota-se que na maioria dos casos, são pessoas que sofrem de graves problemas psicológicos como, por exemplo: transtorno bipolar, depressão, dependência de drogas, esquizofrenia sempre de mãos dadas com sérios casos de obsessão. As pessoas se matam porque acham não ser capazes de enfrentar seus problemas e que em sua lápide se encerra a infelicidade; por se acharem um peso ou incômodo; por se sentirem rejeitadas e/ou abandonadas, atentam contra a própria vida, na expectativa de encontrar algum alívio.
Quem tem um pouco mais de conhecimento da doutrina dos espíritos, sabe que não é bem assim que as coisas funcionam. Segundo a literatura esclarecida, o espírito suicida é privado por sua própria consciência de sentir qualquer alívio que buscava e não será tão cedo que irá sentir algo do tipo. Depois do desencarne provocado, o espírito experimenta momentos longos e demorados de inquietação, dor, angústia, tristeza e todos os sentimentos dos quais queremos distância. O suicida, após esse período, é socorrido por compromissados amigos iluminados e então passam por intensos tratamentos. Leva muito tempo para que ele possa se recuperar.
Na esperança de diminuir o número de tentativas, seguidas ou não de sucesso, algum já foi inspirado para a tentativa de reagir com projetos sociais, como é o caso do CVV (Centro de Valorização da Vida) em que a pessoa pode ligar no telefone 141, e com um atendimento fraterno e caridoso, na maioria das vezes muda de ideia.
O indivíduo que tem o suicídio como uma opção, não sabe o que o espera. Já não pensa mais que, o único deve guardar o leme da vida de qualquer um é apenas Deus. Mudanças têm que acontecer na vida desta pessoa. Inicialmente, precisa de companhias que a mostrem o quanto é bom viver e se dedicar, ocupando sua cabeça, em algum trabalho que beneficie pessoas carentes. E depois, ela precisa ver a seriedade do que cultivava em seus pensamentos. O que todos devemos fazer como uma medida de prevenção, é sempre “Orar e Vigiar”, como nos ensinou Jesus.
Felipe Ribeiro é membro da Mocidade Espírita Jair
NATAL NA VISÃO ESPÍRITA
O significado do Natal para os espíritas


Natal é comemorado no dia 25 de dezembro porque a data foi retirada de uma festa pagã muito popular existente na Roma antiga, e que fora oficializada pelo imperador Aureliano em274 d. C. A finalidade da festa era homenagear o deus sol Natalis Solis Invicti (Nascimento do Sol Invicto) considerado a primeira divindade do império romano e festejar o início do solstício de inverno.
Com o triunfo do Cristianismo, séculos depois, a data foi utilizada pela igreja de Roma para comemorar o nascimento do Cristo (que, efetivamente, não ocorreu em 25 de dezembro), considerado, desde então, como o verdadeiro “sol” de justiça. Com o passar do tempo, hábitos e costumes de diferentes culturas foram incorporados ao Natal, impregnando o de simbolismo: a árvore natalina, por exemplo, é contribuição alemã, instituída no século XVI, com o intuito de reverenciar a vida, sobretudo no que diz respeito aos pinheiros, que conservam a folhagem verde no inverno; o presépio foi ideia de Francisco de Assis, no século XIII. As bolas e estrelas que enfeitam a árvore de Natal representam as primitivas pedras, maçãs ou outros elementos com que no passado se adornavam o carvalho, precursor da atual árvore de Natal.
 Antes de serem substituídas por lâmpadas elétricas coloridas, as velas eram enfeites comuns nas árvores, como um sinal de purificação, e as chamas acesas no dia 25 de dezembro são uma referência ao Cristo, entendido como a luz do mundo. A estrela que se coloca no topo da árvore é para recordar a que surgiu em Belém por ocasião do nascimento de Jesus. Os cartões de Natal apareceram pela primeira vez na Inglaterra, em meados do século XIX. Os espíritas veem o Natal sob outra ótica, que vai além da troca de presentes e a realização do banquete natalino, atividades típicas do dia. Já compreendem a importância de renunciar às comemorações natalinas que traduzam excessos de qualquer ordem, preferindo a alegria da ajuda fraterna aos irmãos menos felizes, como louvor ideal ao Sublime Natalício.
Os verdadeiros amigos do Cristo reverenciam-no em espírito.
 A despeito do relevante significado que envolve o nascimento e a vida do Cristo e sua mensagem evangélica, sabemos que muitos representantes da cristandade agem como cristãos sem o Cristo, porque vivenciam um Cristianismo de aparência.
Neste sentido, afirmava o Espírito Olavo Bilac que “ser cristão é ser luz ao mundo amargo e aflito, pelo dom de servir à Humanidade inteira”. Chegará a época, contudo, em que Jesus, o guia e modelo da Humanidade terrestre, será reverenciado em espírito e verdade; Ele deixará de ser visto como uma personalidade mítica, distante do homem comum; ou mero símbolo religioso que mais se assemelha a uma peça de museu, esquecida em um canto qualquer, empoeirada pelo tempo. Não podemos, contudo, perder a esperança. Tudo tem seu tempo para acontecer.
No momento preciso, quando se operar a devida renovação espiritual da Humanidade, indivíduos e coletividades compreenderão que [...] Jesus representa o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua lei [...].
Distanciado dos simbolismos e dos rituais religiosos, o espírita consciente procura festejar o Natal todos os dias, expressando-se com fraternidade e amor ao próximo. Admite, igualmente, que [...] a Doutrina Espírita nos reconduz ao Evangelho em sua primitiva simplicidade, porquanto somente assim compreenderemos, ante a imensa evolução científica do homem terrestre, que o Cristo é o sol moral do mundo, a brilhar hoje, como brilhava ontem, para brilhar mais intensamente amanhã.  Perante as alegrias das comemorações do Natal, destacamos três lições ensinadas pelos orientadores espirituais, entre tantas outras. Primeira, o significado da Manjedoura, como assinala Emmanuel: As comemorações do Natal conduzem-nos o entendimento à eterna lição de humildade de Jesus, no momento preciso em que a sua mensagem de amor felicitou o coração das criaturas, fazendo-nos sentir, ainda, o sabor de atualidade dos seus divinos ensinamentos.
A Manjedoura foi o Caminho. A exemplificação era a Verdade. O Calvário constituía a Vida. Sem o Caminho, o homem terrestre não atingirá os tesouros da Verdade e da Vida. Segunda, a inadiável (e urgente) necessidade de nos aproximarmos mais do Cristo, de forma que o seu Evangelho se reflita, efetivamente, em nossos pensamentos, palavras e atos. Para a nossa paz de espírito não é mais conveniente sermos cristãos ou espíritas “faz de conta”.[...]
Comentando o Natal, assevera Lucas que o Cristo é a Luz para alumiar as nações. Não chegou impondo normas ou pensamento religioso. Não interpelou governantes e governados sobre processos políticos. Não disputou com os filósofos quanto às origens dos homens. Não concorreu com os cientistas na demonstração de aspectos parciais e transitórios da vida. Fez luz no Espírito eterno.
Embora tivesse o ministério endereçado aos povos do mundo, não marcou a sua presença com expressões coletivas de poder, quais exército e sacerdócio, armamentos e tribunais. Trouxe claridade para todos, projetando-a de si mesmo. Revelou a grandeza do serviço à coletividade, por intermédio da consagração pessoal ao Bem Infinito. Nas reminiscências do Natal do Senhor, meu amigo, medita no próprio roteiro.
Tens suficiente luz para a marcha? Que espécie de claridade acendes no caminho? Foge ao brilho fatal dos curtos-circuitos da cólera, não te contentes com a lanterninha da vaidade que imita o pirilampo em voo baixo, dentro da noite, apaga a labareda do ciúme e da discórdia que atira corações aos precipícios do crime e do sofrimento. Se procuras o Mestre divino e a experiência cristã, lembra-te de que na Terra há clarões que ameaçam, perturbam, confundem e anunciam arrasamento...
Estarás realmente cooperando com o Cristo, na extinção das trevas, acendendo em ti mesmo aquela sublime luz para alumiar? Por último é muito importante aprendermos a ser gratos a Jesus pelas inúmeras bênçãos que Ele nos concede cotidianamente, em nome do Pai, como a família, os amigos, a profissão honesta, a vivência espírita etc., sabendo compartilhá-las com o próximo, como aconselha Meimei: Recolhes as melodias do Natal, guardando o pensamento engrinaldado pela ternura de harmoniosa canção...
Percebes que o Céu te chama a partilhar os júbilos da exaltação do Senhor nas sombras do mundo. [...] Louva as doações divinas que te felicitam a existência, mas não te esqueças de que o Natal é o Céu que se reparte com a Terra, pelo eterno amor que se derramou das estrelas. Agradece o dom inefável da paz que volta, de novo, enriquecendo-te a vida, mas divide a própria felicidade, realizando, em nome do Senhor, a alegria de alguém!...
Referências:
1DUTRA, Haroldo D. O novo testamento. (Tradutor). Brasília: EDICEI, 2010. p. 258.
2VIEIRA, Waldo. Conduta espírita. Pelo Espírito André Luiz. 31. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 47, p. 154.
3XAVIER, Francisco C. Antologia mediúnica do natal. Espíritos diversos. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 76, p. 201.
4KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 625.
5______. ______. Comentário de Kardec àq. 625.
6XAVIER, Francisco C. Religião dos espíritos. Pelo Espírito Emmanuel. 21. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. Jesus e atualidade, p. 296.
7______. Antologia mediúnica do natal. Espíritos diversos. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 21, p. 57.
8LUCAS, 2:32.
9XAVIER, Francisco C. Antologia mediúnica do natal. Espíritos diversos. 6. ed.Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 4.
10______. ______. Cap. 29, p. 73-74.
Por Marta Antunes Moura




SEPARAÇÕES AFETIVAS


Aumenta, consideravelmente, em nossa cultura, a separação conjugal, a desunião matrimonial, a indiferença no relacionamento afetivo.
A solidão toma conta das criaturas tornando-as fantasmas atormentados.
Os sonhos de uma afetividade repleta de bênçãos, constituindo uma família harmônica, cedem lugar a verdadeiros combates domésticos, que culminam em separações lamentáveis.
As facilidades de relacionamentos sexuais descomprometidos, a ausência de pudor que predomina em quase todas as esferas sociais, tornaram o amor descartável, de breve duração e sem maturidade para suportar os desafios existenciais. É surpreendente a ocorrência, quando sucede em uniões aparentemente seguras e estáveis, com existência de longo prazo, apresentando-se como “falta de amor”, desaparecimento da empatia e do interesse afetivo na comunhão conjugal.
Dilaceram-se famílias, criam-se traumas de difícil solução em filhos imaturos que não compreendem os problemas dos pais, nem são devidamente informados, muitas vezes lançados pela imprevidência de um deles contra o outro. E passam a conviver com pessoas estranhas, que substituem provisoriamente aqueles que eram o sustentáculo da sua vida, o amor das primeiras horas, o anjo abençoado dos seus dias.
É certo que uma separação pacífica é muito melhor do que uma convivência litigiosa. A verdade, porém, é outra... As separações nascem, quase sempre, de falsa necessidade de novos parceiros, de prazeres fáceis e ligeiros, de fazer-se parte das redes sociais...
A decadência moral que se avoluma, assustadora, prognostica um futuro sem família, filhos órfãos de pais vivos, desinteressados, uma sociedade sem raízes afetivas, assinalada pelos transtornos afetivos e desajustes emocionais.
Um pouco mais de maturidade psicológica e de amor real poderiam modificar esse comportamento, quando as criaturas se dispam do egoísmo, do direito de posse sobre o outro, dando-lhe o direito de ser humano e agir como tal.
Divaldo Franco, Professor, médium e conferencista / Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 03/11/2016.
Transcrito do informativo “Notícias do Movimento Espírita” de 09/11/2016
 

O CENTRO ESPÍRITA


1 – O que é o Centro Espírita?
É o local onde as pessoas se congregam para tratar de assuntos relacionados com a Doutrina Espírita.

2 – Por que “centro”?
Como ocorre com frequência na língua portuguesa, esse termo tem vários significados. Em se tratando de Doutrina Espírita, podemos considerá-lo sinônimo de sociedade, expressão mais adequada, que vem sendo usada com frequência na denominação das instituições doutrinárias espíritas. Mais exatamente, seria associação, já que, de acordo com o novo código civil, a expressão sociedade deve ser reservada a empresas de caráter comercial.

3 – Como poderíamos definir as atividades do Centro Espírita?
São várias, às quais as pessoas têm acesso à medida que se integram. Num primeiro momento o Centro Espírita tem sido para a maior parte dos que chegam um hospital para tratamento de males do corpo e da alma.
4 – Quais os recursos mobilizados nesse “hospital”?
Envolvem passes magnéticos, entrevistas fraternas, trabalhos de vibração, reuniões de desobsessão… Considere-se, entretanto, que esses recursos são de superfície. Cuidam de efeitos, envolvendo a visão que as pessoas têm da vida e sua maneira de viver. Para que tenham efeito duradouro é preciso que os interessados busquem um segundo estágio.

5 – Qual seria?
A escola, onde frequentarão cursos de Espiritismo para uma visão objetiva dos porquês da existência e, sobretudo, das origens de seus problemas de saúde. A doença é sempre um espelho da alma, mostrando-nos que algo não vai bem em nossas concepções de vida, em nossa maneira de viver. O aprendizado espírita faculta-nos esse entendimento.

6 – As pessoas buscam ajuda e aprendem que é preciso que ajudem a si mesmas?
Isso é elementar em Espiritismo. Não existe um destino pontuado, em que as coisas acontecem porque está escrito. Vivemos num regime de causa e efeito em que, permanentemente, colhemos o que semeamos, envolvendo causas próximas ou remotas, de hoje, de ontem, do ano passado, de existências pretéritas… Se quisermos que nosso futuro seja diferente, devemos mudar nosso presente, buscando um comportamento compatível com a moral evangélica, que resume o que Deus espera de nós.

7 – Hospital e escola. Algo mais?
Num terceiro estágio, o Centro Espírita é abençoada oficina de trabalho onde, pelo empenho de servir, neutralizamos o grande mal de nossa personalidade – o egoísmo. É a partir do comportamento voltado unicamente para os interesses pessoais, que resvalamos para a inconsequência, a desonestidade, o vício, a agressividade, e tudo o mais que nos compromete.

8 – E a comunhão com Deus? O Centro Espírita não funciona também como um templo divino?
Templo é o Universo, a casa de Deus. Vivemos nela. O Centro Espírita é a escola/oficina, que nos permite, com as iniciativas que sugere, um padrão vibratório que nos faculte a comunhão com o Pai Celeste. Esse programa renovador está maravilhosamente definido por Léon Denis, ao proclamar: Tende por templo o Universo; por imagem, Deus; por lei, a Caridade; por altar, a Consciência.

Richard Simonetti
Livro Espiritismo, Tudo o que você precisa saber




DECÁLOGO DO EXPOSITOR ESPÍRITA
 Resultado de imagem para EXPOSITOR ESPÍRITA
I) O expositor espírita não pode transferir para os mentores espirituais o esforço e o preparo que lhe cabem.

II) O expositor espírita deve, de preferência diariamente, dedicar parte do seu tempo para:
·        ler bons livros;
·        meditar;
·        fazer elaborações mentais;
·        tirar conclusões;
·        coletar frases e textos que sirvam como futuras fontes de referência, ou de inspirações, às suas palestras.

III) O expositor espírita deve preocupar-se em ter exemplar conduta e esmerar-se por colocar em prática o que prega.

IV) O expositor espírita deve:
·        conscientizar-se que mesmo sendo imperfeito e vacilante em relação à sua evolução moral e espiritual, a Doutrina necessita de sua pregação;
·        entender que o pouco que está fazendo em prol da Doutrina e da evolução, é muito, considerando-se que foi dado o 1º passo, pois, como disse Emmanuel: "Quando uma centésima parte do Cristianismo de nossos lábios conseguir expressar-se em nossos atos de cada dia, a terra será plenamente libertada do mal”.

V) O expositor espírita deve:
·        evitar emitir opiniões pessoais contraditórias, sem sustentação doutrinária;
·        sempre lembrar-se que a Doutrina tem sua base filosófica e religiosa codificada nos livros de Allan Kardec, os quais - os livros - devem servir como sustentação maior nas suas palestras;
·        preocupar-se menos com a letra dos conceitos evangélicos e mais com os conceitos evangélicos da letra.

VI) O expositor espírita deve ter a certeza de que, no momento de sua fala, a ajuda espiritual não lhe faltará e sim, estará intensamente presente e atuante, se fizer a sua parte:
·        desenvolvendo sua expressividade e técnicas retóricas;
·        estudando e preparando previamente o tema;
·        compreendendo a importância do momento, dedicando-se mentalmente à vibrações de amor, paz, humildade e caridade.

VII) Mesmo em conversas pessoais e informais, o expositor espírita deve auto-educar-se, pois, como disse André Luiz: "No estado atual da educação humana, é muito difícil alimentar, por mais de cinco minutos, conversação digna e cristalina, numa assembleia superior a três criaturas encarnadas".

VIII) O expositor espírita deve, quando for ditar normas de conduta, incluir-se como pessoa também necessitada, isto é: em vez de dizer: “Vocês precisam preocupar-se com a evolução moral”, dizer: “Nós precisamos preocuparmo-nos com nossa evolução moral”.

IX) O expositor espírita deve:
·        ser um homem do seu tempo;
·        falar com constância, em suas palestras, de Deus, de Jesus e da Doutrina;
·        viver intensamente o sublime momento da palestra, agradecendo ao Mestre e aos mentores espirituais pela felicidade de ser humilde instrumento das palavras de Deus.

X) O expositor espírita deve ser simples e humilde, pois, como disse Padre Vieira: "Nada há tão grande como a humildade". E, com humildade e simplicidade, deve sentir-se motivado para proferir contínuas palestras, tendo a certeza da ajuda do Mestre e a convicção de que a rosa perfuma primeiro o vaso que a transporta.

Por Alkíndar de Oliveira


O EVANGELHO E O CELULAR ...

 
Já imaginou o que aconteceria se tratássemos o evangelho de Jesus do jeito que tratamos o nosso celular?
E se sempre carregássemos o evangelho no bolso ou na bolsa?
E se déssemos uma olhada nele várias vezes ao dia?
E se voltássemos para apanhá-lo quando o esquecemos em casa, no escritório... ?
E se o usássemos para enviar mensagens aos nossos amigos?
E se o tratássemos como se não pudéssemos viver sem ele?
E se o déssemos de presente às crianças?
E se o usássemos quando viajamos?
E se lançássemos mão dele em caso de emergência?
Mais uma coisa:
Ao contrário do celular, o evangelho não fica sem sinal. Ele “pega” em qualquer lugar.
Não é preciso se preocupar com a falta de crédito porque Jesus já pagou a conta e os créditos não têm fim.
E o melhor de tudo: não cai a ligação e a carga da bateria é para toda a vida.




ESTUDO SOBRE O PASSE NA CASA ESPÍRITA


O maior propagador da imposição das mãos foi Jesus, porém não atuava como médium, usava de seu próprio  recurso magnético.
As chamadas técnicas de passes são assuntos controversos, porém devemos dar importância ao repasse de nossos melhores sentimentos, doação de amor, de maneira que semelhante preocupação não desvie nossos pensamentos no ato de ajudar.
Embora Franz Anton Mesmer seja considerado “ o pai do magnetismo”, antes dele, em varias culturas de diversos países já se usava a manipulação dessa energia.
O passe é doação de fluido vital, derivação da matéria elementar primitiva, ou fluido universal.
Existem sérios estudos de Kirliangrafia onde os pesquisadores monitoraram a presença desta energia em médiuns passistas em atividades e em condições normais, e as alterações  são surpreendentes.
O perispírito, também chamado de corpo do espírito, é constituído de fluido universal, nele, portanto está presente o fluido vital doado pelos passistas. É nele que se originam os desequilíbrios orgânicos.
Determinadas pessoas tem o poder de curar pelo simples contato, pois nelas esta energia, a força magnética está mais abundante.
Não só os espíritas impõem as mãos para curar, praticamente em todas as modalidades religiosas existe esta atitude. Os curandeiros e benzedeiras também transmitem passes, apenas com outro nome.
As chamadas curas podem acontecer pelo simples toque, pelo olhar, por um gesto, a distancia, por um abraço, pela voz, em fim, sem o concurso de qualquer medicamento.
Os espíritos definem o passe como uma transfusão de energia capaz de alterar a intimidade celular.
Geralmente no momento do passe a energia a ser doada circula sobre a cabeça dos médiuns, evidenciando a importância do pensamento nesta operação, posteriormente flui pelas extremidades dos dedos.
O passe se divide em magnético, espiritual e misto. No magnético, o passista doa de seus próprios recursos energéticos, no espiritual, a doação da energia é feita diretamente pelos espíritos sem o concurso do médium, e por fim no misto existe parceria de energia dos espíritos e do médium passista, este último é a modalidade mais comum usada nos tratamentos nas casas espíritas.
As energias curativas são de natureza etérea, porém não atuam no corpo físico, sim na estrutura espiritual, desempenhando fundamental papel neste sentido os chamados chakras, ou centros de forças.
Considerando que toda pessoa é portadora desta energia, qualquer um pode dar passes, desde que tenha fé, fervor, vontade, disciplina, comprometimento, confiança em Deus, e acima de tudo, conhecimento específico do assunto no qual se envolve, possível de ser adquirido através das chamadas obras básicas da codificação e das complementares, lembrando que a maior referencia são as obras psicografadas por Chico Xavier, principalmente na série Andre Luiz.
O espírito Andre Luiz, através da psicografia de Chico, chega a sugerir que seria interessante que os médiuns passistas tivessem noções de anatomia humana.
O médium, esteja ele voltado para qualquer atividade de caráter mediúnico, nunca deve esquecer-se da importância prévia  da oração, digamos favorecendo a abertura de suas percepções, bem como estabelecendo conexão com os instrutores espirituais que lhes presidem as atividades,  lembrando também da importância da mente em qualquer atividade desta natureza.
O ato de aplicar passes dispensa qualquer encenação preparatória, por exemplo, esfregar as mãos, estender os braços para o alto para captar energias, ficar ofegante, estalar os dedos, solicitar de quem o receba para espalmar as mãos abertas sobre os joelhos, descruzar pernas e braços.  Não  é necessário fazer ajuntamento de médiuns para aplicar passes, nem tampouco dar as mãos no momento de orar, já que mãos entrelaçadas não significam necessariamente união de pensamentos, etc...
É evidente que tanto para os encarnados que queiram trabalhar nesta tarefa, quanto para os desencarnados,  como também para a própria pessoa que se beneficia dos passes, existem certos requisitos, principalmente para estes últimos, chamados a criarem o que os espíritos chamam de tensão favorável, que significa  fé,  recolhimento, receptividade,  respeito e confiança no poder superior.
Os médiuns passistas que estejam em dia de  atividade na casa espírita, não necessitam preocuparem tanto em receber passes, já que são os primeiros a se banharem das energias espirituais. Entretanto não impedem que fiquem à vontade e tenham a conduta que o coração lhes pedir.
As chamadas câmaras de passes tem  as   luzes mais fracas e coloridas, exatamente porque a luz branca atua prejudicando a presença do ectoplasma ou fluidos manipulados pelos espíritos naquele ambiente de tratamento espiritual.
A eficiência no tratamento dos passes sempre estará subordinada a estas três condições, a saber: a capacidade do passista, receptividade de quem recebe, e por fim, o merecimento da própria pessoa.  Lembrando que, num sentido mais profundo,  há casos em que a doença é a própria cura.
Deve-se evitar levar os chamados passes à domicílio, priorizando atender os que realmente se vejam incapacitados para buscá-los,  de maneira a não sustentar o comodismo e a preguiça das pessoas, lembrando aliás que o centro espírita além de ser o local  mais indicado, está estruturado para esta finalidade. Os passistas devem ficar atentos no que diz respeito à alimentação leve neste dia, bem como vestirem-se adequadamente, evitando quaisquer excessos expondo as partes mais intimas, seria conveniente desfazerem-se momentaneamente de relógios, pulseiras, ou quaisquer adereços que venham fazer barulhos e atrapalhar a concentração.
A aplicação de passes não precisa ser mediunizado ou incorporado e o passista deve evitar fazer qualquer suposta revelação mediúnica, ponderando quanto aos inconvenientes que possam gerar nas pessoas frágeis e impressionáveis.
O ato de aplicar passes é “simples”: estenda as mãos acima da cabeça da pessoa, ore a Deus em benefício dela, pode ser o pai nosso, ou o que seu coração desejar falar com o Criador, e concomitantemente deslize as mãos sobre o corpo da pessoa, evitando tocá-la para não provocar qualquer constrangimento, a não ser quando tenha certeza que os espíritos recomendaram o toque, entretanto muito cuidado para não tocar partes indevidas.
É bom lembrar que a maior cura visada pelo o Espiritismo é a interior, razão porque muitas vezes as doenças fazem parte deste tratamento. Lembre-se de que Jesus não curou a todos. Êxitos ou não nos tratamentos espirituais estarão na dependência das necessidades cármicas de cada um.

Resumo do estudo de passes ministrado no Lar Espírita Irmã Valquíria por Alaor Borges Jr

Referências de obras consultadas:
Bíblia sagrada Lucas 4,40 e Marcos 1, 40 a 45.
Livro “A Gênese” de Allan Kardec cap. 15, item 2.
Artigo do jornal ciência espírita, de autores diversos, “Passe Magnetismo e Espiritismo”.
Livro “A Gênese” de Allan Kardec cap. 14, item 18, 31 e 33.
“O Livro dos Médiuns” de Allan Kardec cap. 14 e item 175 e cap. 17, item 211.
Livro “Missionários da Luz” cap. 19, psicografia de Chico Xavier, Andre Luiz.
“O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec pergunta 556.
Livro “Nos domínios da Mediunidade” cap. 17, psicografia de Chico Xavier, Andre Luiz.
Livro “Evolução em Dois Mundos” cap. 2 e 17, psicografia de Chico Xavier, Andre Luiz.
“Revista Espírita” de 1865, mês de setembro, de Allan Kardec.
Livro “Mecanismos da Mediunidade” cap. 22 e item “médium passista”.
Livro “Obsessão, O Passe, A Doutrinação”, de Jose Herculano Pires.
Livro “Diretrizes de Segurança” de Divaldo P. Franco e Jose Raul Teixeira.

A IMPORTÂNCIA DAS PALESTRAS NAS CASAS ESPÍRITAS


Normalmente o primeiro contato com a Doutrina Espirita é através de livros (Romances) ou das palestras, quando buscam a casa espirita para lenitivos das suas dores. Todavia, é através da palestra que a casa espírita apresenta o Espiritismo de maneira mais clara e direta para o público.
Assim, deve ser priorizada tal atividade na seara espírita formando palestrantes com bom conhecimento doutrinário, assim como o aperfeiçoarem no uso da palavra na tribuna.
Os palestrantes também têm que buscar se familiarizar com os modernos recursos audiovisuais, sabendo utilizá-los, fazendo com que a mensagem seja melhor oferecida, se tornando mais atraente.
Toda exposição na tribuna espírita deve procurar sempre envolver o tríplice aspecto do Espiritismo.
Deve ser evitada qualquer forma de pregação religiosa, como se fosse um sermão, mas recorrer à boa argumentação que traga a filosofia, a ciência e a proposta ético-moral da Doutrina Espírita, no consórcio permanente da razão com a fé esclarecida.
De preferência os temas devem ser previamente escolhidos e divulgados, para um melhor aprofundamento dos estudos, orientando os participantes sobre o que será abordado.
Resta dizer que os responsáveis pela escala das palestras, ou o encarregado do departamento doutrinário, devem conhecer o palestrante, sua formação espírita, possuindo referências do mesmo, evitando que a tribuna seja lugar de pessoas sem compromisso com o Espiritismo e até de aventureiros, mas pessoas que possa contagiar ou aguçar a curiosidade e fazer com que cada um que ouve a mensagem, possa ter vontade de estudar ainda mais, participando dos cursos que as casas oferecem.
E o palestrante tem que conhecer a casa, buscando informações sobre a mesma, entrando em contato com os seus dirigentes, a fim de que o seu mister seja bem desempenhado. Se não puder comparecer, que avise com antecedência, providenciando substituto, evitando embaraços de última hora.
Finalidade da palestra espirita
Com a exposição espírita podemos: Educar para transformar.
Proposta
Informar: dar informe ou parecer sobre, instruir, ensinar.
Esclarecer: tornar claro, compreensível, elucidar.
Conscientizar: tomar consciência de, ter noção ou ideia de sensação agradável.
Consolar: aliviar ou suavizar a aflição, proporcionar.
Divulgar: tornar público ou conhecido, propagar-se, difundir-se.
O uso constante de boas palestras espíritas tem favorecido de forma apreciável à divulgação da Doutrina. Emmanuel no livro “Estudo e Viva” nos diz: Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação”.  Portanto A maior caridade que se possa fazer pela Doutrina Espirita é a sua divulgação
Lembrando também que o Espiritismo é uma doutrina pedagógica que tem por finalidade a transformação da humanidade através da transformação individuo....Educação como transformação
Fundo e Forma
Toda exposição (palestra) tem Fundo e Forma.
A - Fundo:
O fundo refere-se ao conteúdo: ideias, conceitos, pensamentos, moral, filosofia; é a parte intelectual e espiritual da exposição (ideia mãe).
O aprimoramento do fundo depende de quem fala ao público; ele melhora à medida que o expositor progride intelectual e espiritualmente.
B - Forma:
A forma refere-se ao modo de expor o tema. É a maneira que cada qual tem de expressar as ideias, construir as frases, colocar as palavras, subdividir o assunto em partes (elaboração), ter entusiasmo.
O aprimoramento da forma depende do aperfeiçoamento da técnica de falar em público.
PORTANTO; Não basta levar somente a mensagem, mas como nós a levamos, necessário o Fundo (ensinamento) Forma ( maneira como se passa esse ensinamento) para tocarmos os corações, esclarecer e consolar.
O expositor espirita tem que ter além da humildade, simpatia e  empatia para conquistar o publico.
O comunicador e expositor espírita é um agente da informação e, como tal, dispõe de grande poder sobre a sociedade, ou seja, é um formador de opiniões. As transformações sociais têm como responsáveis os grandes comunicadores, daí a importância de ter sempre comunicador com responsabilidade levando o espiritismo e não a opinião pessoal, o individualismo, o personalismo. O expositor tem que comungar as mesmas ideias da doutrina.
Tudo que se faz na vida independente do trabalho que se realiza, necessário é se aperfeiçoar, sendo instrumento dos postulados espirita,  precisam ter também deste aprimoramento.
Decorridos quase dois mil anos, ecoam altissonantes em nossos ouvidos e corações, a palavra do Mestre Jesus aos Seus Apóstolos:
“Vós sois a luz do mundo. Deixai-a brilhar. Ide e pregai, dizendo: o reino dos céus está próximo” (Mateus, 5:14 e 16; 10:5).
Assim como os Apóstolos ante as lições e exemplos de Jesus, nós Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação”.  espíritas, temos igual responsabilidade: a de divulgar os ensinamentos e as consolações do Espiritismo, que já conhecemos.
Sandra Fiore



BRASIL, A TERRA DO EVANGELHO



“O Brasil tem a missão de cristianizar. É a Terra da Promissão. A Terra de todos. A Terra da fraternidade. A Terra de Jesus. A Terra do Evangelho.
Na Era Nova e próxima, abrigará um povo diferente pelos costumes cristãos.”1
Em 1873, o Espírito Ismael comunica-se pela primeira vez, por via mediúnica, no Grupo Confúcio, e revela a missão do Brasil e os costumes do povo brasileiro na Nova Era.
Atualmente, 143 anos após, quando a dignidade, os valores morais, o respeito ao bem público estão sendo aferidos e um cenário de descrença se apresenta; muitos questionam, a missão do Brasil como coração do mundo, pátria do evangelho.Em 1873, o Espírito Ismael comunica-se pela primeira vez, por via mediúnica, no Grupo Confúcio, e revela a missão do Brasil e os costumes do povo brasileiro na Nova Era.
Dá-nos a entender que os alimentadores deste pensamento duvidoso e vacilante desconhecem ou esqueceram os dados recolhidos nas tradições do Mundo Espiritual pelo Espírito Humberto de Campos no livro: Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho, psicografado pela mediunidade abençoada de Chico Xavier.
O Brasil é coração e pátria do evangelho, desde o momento em que “todos os Espíritos edificados nas lições sublimes do Senhor se reuniram, logo após o descobrimento da nova terra, celebrando o acontecimento nos espaços do Infinito.”[1] Naquele instante, Jesus, “dirigindo-se a um dos seus elevados mensageiros na face do orbe terrestre, ressoou sua voz com doçura: – Ismael, manda o meu coração que doravante sejas o zelador dos patrimônios imortais que constituem a Terra do Cruzeiro. […]”[2]
A partir dali, o lema: “Deus, Cristo e Caridade”, passou a ser a bandeira daqueles que quiserem cumprir o dever, a que se obrigaram antes de nascer nas terras brasileiras.
Naturalmente, este compromisso não dispensa a autoevangelização, em primeiro lugar, a fim de que a força e o poder do exemplo arrastem aqueles para os quais a mensagem da Caridade está sendo divulgada.
Assim, um povo diferente pelos seus costumes cristãos está sendo forjado no país que tem a missão de coração do mundo e pátria do evangelho, porque saberá buscar, gradativamente, na fonte da Boa-Nova do Senhor, revivida e esclarecida pela Doutrina Espírita, a compreensão de que somos imortais e de que necessitamos viver fraternalmente em sociedade, conforme as Leis Divinas,sintetizadas na Lei Maior: a de Justiça, de Amor e de Caridade.
REFERÊNCIAS:
¹ Mensagem do Espírito Ismael. Grupo Confúcio, 1873.
² XAVIER, Francisco C. Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho. Pelo Espírito Humberto de Campos. 34. ed. 8. imp. Brasília: FEB, 2015. cap. 3 – Os degredados, p. 25.
³ ——.——. p. 26.



PREVENÇÃO AO SUICÍDIO, TAREFA INADIÁVEL

Por Gerson Simões Monteiro
Os séculos de civilização, de ética e cultura não conseguiram fazer que o instinto de auto destruição ( ... ) fosse dominado pela análise fria e nobre da razão. Pelo contrário: parece que nas nações chamadas supercivilizadas, pelo abuso das faculdades que revestem o ser, o homem atira-se cada vez mais opiado no sorve­douro da autodestruição, consumido pelos excessos de todo porte, ensoberbecido pela técnica e amolentado pela comodidade perniciosa." Este pensamento do Espírito Victor Hugo, psicografado pelo médium Divaldo Pereira Franco no livro Párias em Redenção 1, completa-se ainda com a seguinte ideia:
“Se anteriormente a forca anunciava a presença de civilização nu­ma cidade, o alto índice de suicídios num povo, atualmente, revela a sua elevada cultura. Cultura, no entanto, pervertida, sem Deus nem amor, sem vida nem sentimento.( ... )”
Tais colocações revestem-se de crua atualidade; senão vejamos os índices do recém-lançado “MAPA DA VIOLÊNCIA IV”, da Unesco, contemplando o período entre 1993 e 2002. O mapa demonstra que os suicídios no Brasil passaram de 5.553 em 1993 para 7.715 em 2002, representando um aumento de 38,9%. No mesmo período, o aumento é bem superior ao registrado em óbitos por acidentes de transporte (19,5%), mas ainda está abaixo dos homicídios (62,3%).
Entre os adolescentes e jovens de 15 a 24 anos, o aumento foi menor (30,8%), passando de 1.252 para 1.637 suicídios entre 1993 e 2002. As situações por estado são bem diferenciadas: no Amapá, Maranhão e Paraíba, por exemplo, o número de suicídios de jovens quadruplicou. Já em Estados como São Paulo, Paraná e Distrito Federal, registrou-se a queda dos índices.
Relativizando os dados segundo o tamanho da população, verifica-se que a taxa do País no ano de 1993 foi de 3,7 suicídios para cada 100 mil habitantes. Com oscilações, ela foi crescendo lentamente para, em 2002, apresentar-se em 4,4 suicídios por 100 mil habitantes.
Em 2002, a maior concentração de suicídios encontrou-se nos Estados da Região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul (9,9 suicídios por 100 mil habitantes). Mas outros Estados também apresentaram taxas elevadas, acima de 6 suicídios em 100 mil habitantes, como Santa Catarina (7,8), Mato Grosso do Sul (7,8) e Amapá (6,8).
Entre as muitas causas que estão levando as pessoas a cometerem o suicídio, a depressão é apontada como a principal delas, segundo avaliação da Organização Mundial de Saúde (OMS). O portador de uma dor física tem um profissional para atendê-lo, mas, e o de transtornos psicológicos, a quem procurar? Onde buscar ajuda?
Neste particular, o Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza um relevante serviço em favor dos suicidas potenciais através do atendimento telefônico, praticamente sem recursos governamentais. A partir do momento em que um ser humano se coloca em disponibilidade para ouvir com compaixão o desabafo de outra pessoa, pode-se dizer que começou o trabalho de prevenção ao suicídio.
Os Centros Espíritas também realizam um trabalho de ajuda fundamental por meio do Atendimento Fraterno2, não só aos deprimidos, mas também às pessoas que precisam de assistência espiritual. De um modo geral, permite-se o contato direto e possibilita-se o desabafo de quem esteja pensando em abandonar a vida pelo autoextermínio. Por outro lado, as reuniões de desobsessão2 são de suma importância para ajudar aqueles que pensam em suicidar-se, através da moralização do Espírito inimigo responsável pela sugestão infeliz de desistir da vida.
Um estudo feito com 153 pessoas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, nos Estados Unidos, expôs de perto a elas histórias de suicídio, numa visão oposta ao pensamento comum de que um suicídio incentiva outro. Pelo contrário, segundo a conclusão desse estudo, ter conhecido alguém que se suicidou ou ouvir relatos de suicídios reduz as chances de uma nova tragédia acontecer. No site da instituição, os responsáveis pela pesquisa esclarecem que os meios de comunicação devem desempenhar um papel fundamental nos esforços para educar o público na prevenção do suicídio.
Neste sentido, o Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, ao lançar a Campanha Em defesa da Vida, vem cumprindo a importante tarefa de combater o suicídio ao elaborar cartazes e literatura de apoio, bem como sugerindo ao Movimento Espírita que o assunto seja abordado em programas de rádio, televisão, vídeo, Internet ou qualquer outro meio de comunicação, sempre de forma preventiva.
É importante ressaltar que a Doutrina Espírita tem uma grande contribuição para ajudar a pessoa aflita e desesperada no momento em que pensa desertar da vida pela porta falsa do suicídio. Ela demonstra que a alma continua a viver além da morte, e explica as causas dos sofrimentos, mostrando que eles, suportados com resignação neste mundo, transformar-se-ão em luzes para a sua alma ao reingressar nas esferas espirituais. O Espiritismo demonstra também que o suicida sofre terrivelmente, no mundo dos Espíritos, as consequências do seu gesto de rebeldia contra as Leis do Criador, expiando o mal cometido contra si mesmo em nova reencarnação, a fim de harmonizar-se com a Lei do Progresso que visa à sua evolução para a perfeição espiritual.
Referências Bibliográficas:
1 FRANCO. Divaldo P. Párias em Redenção, pelo Espírito Victor Hugo. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1971,Segundo Livro, cap. I, p.174.
2  FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA –Conselho Federativo Nacional. Orientação ao Centro Espírita. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1988. p. 67.
O Suicídio
A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as ideias materialistas, numa palavra, são os maiores incitantes ao suicídio; ocasionam a covardia moral. Quando homens de ciência, apoiados na autoridade do seu saber, se esforçam por provar aos que os ouvem ou leem que estes nada têm a esperar depois da morte, não estão de fato levando-os a deduzir que, se são desgraçados, coisa melhor não lhes resta senão se matarem? Que lhes poderiam dizer para desviá-los dessa consequência? Que compensação lhes podem oferecer? Que esperança lhes podem dar? Nenhuma, a não ser o nada. Daí se deve concluir que, se o nada é o único remédio heroico, a única perspectiva, mais vale buscá-lo imediatamente e não mais tarde, para sofrer por menos tempo.
       A propagação das doutrinas materialistas é, pois, o veneno que inocula a ideia do suicídio na maioria dos que se suicidam, e os que se constituem apóstolos de semelhantes doutrinas assumem tremenda responsabilidade. Com o Espiritismo, tornada impossível a dúvida, mu­da o aspecto da vida. O crente sabe que a existência se prolonga indefinidamente para lá do túmulo, mas em condições muito diversas; donde a paciência e a resignação que o afastam muito naturalmente de pensar no suicídio; donde, em suma, a coragem moral.
Allan Kardec
Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo. 2. ed. especial. Rio de Janeiro: FEB, 2004, cap. V; item 16, p. 131-132.
Fonte: revista Reformador, da FEB, de novembro de 2004
 




SUICÍDIO


Por D.Villela
Apesar do poderoso impulso para continuarmos vivendo, assegurado pelo instinto de conservação, é bem conhecida, desde o passado distante, a tentativa ilusória de fugir de situações difíceis através do suicídio.
Desde Cleópatra e Judas, na Antiguidade – a primeira deixando-se picar por uma serpente e o segundo enforcando-se após a prisão do Mestre – aos líderes nazistas, que ingeriram veneno pouco antes de serem presos, é grande o número dos que deixaram a existência material por essa porta sombria.
As religiões sempre reprovaram esse gesto extremo, considerando covardes ou rebeldes os seus autores, e a tradição cristã recusa-lhes o benefício das orações normalmente feitas pelos mortos, informando, também, que estariam para sempre condenados a terrível sofrimento.
A principal causa do suicídio, inclusive dos homens-bomba de nossos dias, é o desconhecimento acerca da vida espiritual, cuja apresentação desfigurada e destituída de comprovação leva muitos à dúvida, ou mesmo à negação de sua realidade, ou ainda ao fanatismo. As duas primeiras desarticulam as resistências morais, que podem chegar ao colapso, abrindo caminho ao autocídio.
O terceiro capaz, como sabemos, de levar aos atos mais desumanos, na convicção de se estar agindo segundo a vontade de Deus.
A Doutrina Espírita aborda essa questão valendo-se, inclusive, dos depoimentos dos próprios suicidas e oferecendo uma visão nova, lógica e também consoladora acerca dessa ocorrência sempre tão triste.
Analisando os relatos dos que haviam desertado da vida, observou Allan Kardec dois aspectos significativos: por um lado a enorme variedade de situações em que eles se encontravam, fruto das circunstâncias que, em cada caso, acentuavam ou atenuavam a gravidade do fato. Depois, a presença e a ação da misericórdia divina, amparando aqueles sofredores até sua plena reabilitação, que invariavelmente chegaria.
Pela clareza e consistência de suas informações, bem como pelo panorama coerente que nos descortina acerca da vida, com o apoio nos dados da observação, o Espiritismo constitui um poderoso antídoto contra a ideia da autodestruição, equipando o indivíduo com valiosos recursos para o enfrentamento dos mais graves desafios existenciais. As obras espíritas mostram, além disso, que mesmo estando a sós, do ponto de vista humano, jamais estaremos abandonados, pois companheiros invisíveis, agindo em nome da bondade divina, estão prontos a nos envolver em vibrações amigas, fortalecendo-nos a coragem e a resignação, capazes de preservarem nosso equilíbrio mesmo nos momentos mais angustiantes.
Aprendemos, assim, com a Doutrina Espírita, a considerar os suicidas, não como réprobos deserdados de toda a esperança, mas como irmãos nossos, vitimados por enganos cruéis, tornando-se, por isso, credores de nossas preces, que muito favorecerão os esforços que realizam na reconquista da própria paz.
-x-
 “O Céu e o Inferno” (Segunda Parte, capítulo 5).
“Cientes de que não existem proble­mas sem solução, por mais pesada a carga de sofrimento, em que te vejas, segue à frente, trabalhando e servindo, [...] por­que o trabalho, invariavelmente, dissolve quaisquer sombras que nos envolvam a mente”. “Amigo”
Emmanuel
Transcrito do informativo SEI – Serviço Espírita de Informação / março/2015 / nº 2246

 CIENTISTAS COMPROVAM A REENCARNAÇÃO HUMANA
        Desde que o mundo é mundo discutimos e tentamos descobrir o que existe além da morte. Desta vez a ciência quântica explica e comprova que existe sim vida (não física) após a morte de qualquer ser humano. 
Um livro intitulado “O biocentrismo: Como a vida e a consciência são as chaves para entender a natureza do Universo” “causou” na Internet, porque continha uma noção de que a vida não acaba quando o corpo morre e que pode durar para sempre. 
O autor desta publicação o cientista Dr. Robert Lanza, eleito o terceiro mais importante cientista vivo pelo NY Times, não tem dúvidas de que isso é possível. 
Além do tempo e do espaço Lanza é um especialista em medicina regenerativa e diretor científico da Advanced Cell Technology Company. No passado ficou conhecido por sua extensa pesquisa com células-tronco e também por várias experiências bem sucedidas sobre clonagem de espécies animais ameaçadas de extinção. 
Mas não há muito tempo, o cientista se envolveu com física, mecânica quântica e astrofísica. Esta mistura explosiva deu à luz a nova teoria do biocentrismo que vem pregando desde então. O biocentrismo ensina que a vida e a consciência são fundamentais para o universo. 
É a consciência que cria o universo material e não o contrário. 
Lanza aponta para a estrutura do próprio universo e diz que as leis, forças e constantes variações do universo parecem ser afinadas para a vida, ou seja, a inteligência que existia antes importa muito. Ele também afirma que o espaço e o tempo não são objetos ou coisas mas sim ferramentas de nosso entendimento animal.
Lanza diz que carregamos o espaço e o tempo em torno de nós “como tartarugas”, o que significa que quando a casca sai, espaço e tempo ainda existem.
A teoria sugere que a morte da consciência simplesmente não existe. Ele só existe como um pensamento porque as pessoas se identificam com o seu corpo. Eles acreditam que o corpo vai morrer mais cedo ou mais tarde, pensando que a sua consciência vai desaparecer também. Se o corpo gera a consciência então a consciência morre quando o corpo morre. Mas se o corpo recebe a consciência da mesma forma que uma caixa de tv a cabo recebe sinais de satélite então é claro que a consciência não termina com a morte do veículo físico. Na verdade a consciência existe fora das restrições de tempo e espaço. Ela é capaz de estar em qualquer lugar: no corpo humano e no exterior de si mesma. Em outras palavras é não-local, no mesmo sentido que os objetos quânticos são não-local.
Lanza também acredita que múltiplos universos podem existir simultaneamente.
Em um universo o corpo pode estar morto e em outro continua a existir, absorvendo consciência que migraram para este universo. Isto significa que uma pessoa morta enquanto viaja através do mesmo túnel acaba não no inferno ou no céu, mas em um mundo semelhante a ele ou ela que foi habitado, mas desta vez vivo. E assim por diante, infinitamente, quase como um efeito cósmico vida após a morte.
Vários Mundos
Não são apenas meros mortais que querem viver para sempre mas também alguns cientistas de renome têm a mesma opinião de Lanza. 
São os físicos e astrofísicos que tendem a concordar com a existência de mundos paralelos e que sugerem a possibilidade de múltiplos universos.
Multiverso (multi-universo) é o conceito científico da teoria que eles defendem. Eles acreditam que não existem leis físicas que proibiriam a existência de mundos paralelos.
O primeiro a falar sobre isto foi o escritor de ficção científica HG Wells em 1895 com o livro “The Door in the Wall“. Após 62 anos essa ideia foi desenvolvida pelo Dr. Hugh Everett em sua tese de pós-graduação na Universidade de Princeton. Basicamente postula que, em determinado momento o universo se divide em inúmeros casos semelhantes e no momento seguinte, esses universos “recém-nascidos” dividem-se de forma semelhante. Então em alguns desses mundos que podemos estar presentes, lendo este artigo em um universo e assistir TV em outro.
Na década de 1980 Andrei Linde cientista do Instituto de Física da Lebedev, desenvolveu a teoria de múltiplos universos. Agora como professor da Universidade de Stanford, Linde explicou: o espaço consiste em muitas esferas de insuflar que dão origem a esferas semelhantes, e aqueles, por sua vez, produzem esferas em números ainda maiores e assim por diante até o infinito. No universo eles são separados. Eles não estão cientes da existência do outro mas eles representam partes de um mesmo universo físico.
A física Laura Mersini Houghton da Universidade da Carolina do Norte com seus colegas argumentam: as anomalias do fundo do cosmos existem devido ao fato de que o nosso universo é influenciado por outros universos existentes nas proximidades e que buracos e falhas são um resultado direto de ataques contra nós por universos vizinhos.
Alma
Assim, há abundância de lugares ou outros universos onde a nossa alma poderia migrar após a morte, de acordo com a teoria de neo biocentrismo.
Mas será que a alma existe? Existe alguma teoria científica da consciência que poderia acomodar tal afirmação?
Segundo o Dr. Stuart Hameroff uma experiência de quase morte acontece quando a informação quântica que habita o sistema nervoso deixa o corpo e se dissipa no universo.
Ao contrário do que defendem os materialistas, Dr. Hameroff oferece uma explicação alternativa da consciência que pode, talvez, apelar para a mente científica racional e intuições pessoais.
A consciência reside, de acordo com Stuart e o físico britânico Sir Roger Penrose, nos microtúbulos das células cerebrais que são os sítios primários de processamento quântico. Após a morte esta informação é liberada de seu corpo, o que significa que a sua consciência vai com ele.
Eles argumentaram que a nossa experiência da consciência é o resultado de efeitos da gravidade quântica nesses microtúbulos, uma teoria que eles batizaram Redução Objetiva Orquestrada.
Consciência ou pelo menos proto consciência é teorizada por eles para ser uma propriedade fundamental do universo, presente até mesmo no primeiro momento do universo durante o Big Bang. “Em uma dessas experiências conscientes comprova-se que o proto esquema é uma propriedade básica da realidade física acessível a um processo quântico associado com atividade cerebral”.
Nossas almas estão de fato construídas a partir da própria estrutura do universo e pode ter existido desde o início dos tempos. Nossos cérebros são apenas receptores e amplificadores para a proto-consciência que é intrínseca ao tecido do espaço-tempo. Então, há realmente uma parte de sua consciência que é não material e vai viver após a morte de seu corpo físico.
Dr. Hameroff disse ao Canal Science através do documentário Wormhole: “Vamos dizer que o coração pare de bater, o sangue pare de fluir e os microtúbulos percam seu estado quântico. A informação quântica dentro dos microtúbulos não é destruída, não pode ser destruída, ele só distribui e se dissipa com o universo como um todo”.
Robert Lanza acrescenta aqui que não só existem em um único universo, ela existe talvez, em outro universo.
Se o paciente é ressuscitado, esta informação quântica pode voltar para os microtúbulos e o paciente diz: “Eu tive uma experiência de quase morte”.
Ele acrescenta: “Se ele não reviveu e o paciente morre é possível que esta informação quântica possa existir fora do corpo talvez indefinidamente, como uma alma”.
Esta conta de consciência quântica explica coisas como experiências de quase morte, projeção astral, experiências fora do corpo e até mesmo a reencarnação sem a necessidade de recorrer a ideologia religiosa. A energia de sua consciência potencialmente é reciclada de volta em um corpo diferente em algum momento e nesse meio tempo ela existe fora do corpo físico em algum outro nível de realidade e possivelmente, em outro universo.
Artigo publicado originalmente em inglês no site SPIRIT SCIENCE AND METAPHYSICS.

Fonte: "Fórum Espírita"



ARTIGOS CIENTÍFICOS APONTAM PARA EXISTÊNCIA DE UM MUNDO ESPIRITUAL
Em um momento de tanta baixa-estima nacional, em várias áreas, nosso país pode orgulhar-se de uma coisa: pesquisadores sérios, cientistas em várias áreas, que tentam confirmar, ou infirmar, a existência de fenômenos espirituais. Quem tem capitaneado e congregado grande parte destes esforços é o professor de psiquiatria da Universidade Federal de Juiz de Fora, Alexander Moreira Almeida, especialista, mestre e doutor em psiquiatria pela USP, hoje provavelmente o psiquiatra que mais entende de espiritualidade, relação mente-corpo, no mundo todo. Tanto é que vem de ser eleito como o presidente do departamento de psiquiatria e religião da prestigiosa Associação Psiquiátrica Mundial (World Psychiatry Association). Alexander também é o presidente da Seção de psiquiatria da religião da Associação Brasileira de Psiquiatria. Ele dirige um núcleo de pesquisas científico na Unviersidade de Juiz de Fora (Nupes) voltado exclusivamente para a pesquisa do assunto e hoje, no Brasil, é o principal fomentador desta veia de discussão, fomentos  científicos e trabalho de pesquisa. O Nupes conta, além de revista própria, um importante canal televisivo de divulgação dos trabalhos (TV Nupes), aulas didáticas, discussões científicas de altíssimo matiz, gratuitas e disponíveis na internet (vide abaixo). Pode-se dizer que o protagonista disto tudo, Alexander, é um verdadeiro gênio (inclusive tive oportunidade de examiná-lo pessoalmente, ahahaha), e, como muitos grandes gênios, de uma bondade e envergadura de espírito condizente com sua inteligência. Através da Nupes tive oportunidade de conhecer três trabalhos de alta relevância científica.
No primeiro deles (A poesia transcendente de Parnaso de além-túmulo, Alexandre Caroli Rocha, Dissertação mestrado em Teoria e História Literária, Unicamp, 2001. http://www.hoje.org.br/arq/artigos/parnaso_dissert.pdf) o autor, um cientista literário, destrincha o inexplicável “maior fenômeno da literatura mundial” (citação minha): como um garoto de 17 anos, semi-analfabeto (4º ano primário, em cidadezinha do interior mineiro, Pedro Leopoldo), trabalhador braçal (hortas, ensacadora de algodão, fazenda), arrimo de família (trabalhando o dia todo), quase uma dezena de irmãos para cuidar, órfão, de uma penada só  psicografou 100 poetas brasileiros, desde os mais conhecidos (e difíceis , p.ex., Augusto dos Anjos, Cruz e Souza, Olavo Bilac, etc) até os absolutamente desconhecidos (p.ex. um poeta , sargento do Exército de Caxias,  que ninguém conhecia, ninguém sabia que existia, que escrevia poesias e que, por meio do pesquisador literário Elias Barbosa , foi redescoberto em anais e documentos do Exército no século XIX). Ninguém nem tinha ouvido falar do tal sargento, e este provou-se, existia mesmo e era poeta obscuro e bissexto. As poesias citadas no livro Parnaso de Além-Túmulo não comungam apenas da estilística literária completamente sui-generis de cada autor, mas também da temática, e, o que é dificílimo, de toda a métrica técnica (p.ex., duodecassílabos, alexandrinos, linguajar completamente hermético-esotérico [Augusto dos Anjos], etc).  Eu mesmo, que tenho um punhado de títulos universitários, que tenho por profissão ler e escrever, já tentei, durante um mês, reproduzir uma estrofe de Augusto dos Anjos e não consegui. Quanto mais escrever isto com versos do mesmo número de sílabas, com a sílaba tônica em tal ou tal lugar, ou seja, com todo o hiper-tecnicismo que a métrica poética exige (e que Chico Xavier cumpria). Só de um autor para mim foi impossível, imaginem para cem autores!! Imaginem um garoto de 17 anos!! Imaginem um rapaz do interior de Minas, braçal, ignorante, arrimo, sem tempo para jogar uma partida de biloca. Pois bem, esta é a tônica do estudo do cientista literário da Unicamp, Alexandre Caroli.
Mas há mais, há também o estudo de um grupo de pesquisadores brasileiros em psiquiatria, neuropsicologia, neurociências (do qual tenho orgulho de dizer que meu irmão, neuropsiquiatra Leonardo Caixeta, faz parte) que, nos Estados Unidos, estudando o cérebro de médiuns com métodos neurobiológicos rigorosos, estatísticos, absolutamente objetivos, constatou que o cérebro do médium, durante o transe mediúnico, é completamente diferente de outras pessoas e inclusive do próprio médium, quando escrevendo ou falando fora do transe. Mostra, portanto, que a atividade cerebral mediúnica, ao contrário do que muitos dizem, não é fruto apenas do psiquismo do médium, mas pode estar sofrendo influência de um outro processo externo, a comunicação com um postulado mundo espiritual. O trabalho foi publicado numa prestigiosa revista científica americana, e as imagens neurocerebrais podem ser vistas em: Neuroimaging during trance state: a contribution to the study of dissociation. Peres JF, Moreira-Almeida A, Caixeta L, Leao F, Newberg A.
PLoS One. 2012; 7(11): e49360. http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0049360.
Na mesma linha, o pesquisador psiquiatra Alexander Moreira-Almeida publicou um importantíssimo trabalho de psiquiatria da religião, orientado inclusive em sua tese por um professor-cientista cristão protestante, trabalho no qual provou que os médiuns espíritas fidedignos, ao contrário do que sempre se divulgou (sobretudo no auge do espiritismo kardecista, na Europa do século XIX, quando havia a tese da “loucura espírita”) têm uma saúde mental até melhor do que a população geral.
Igualmente digno de nota é o trabalho do mesmo cientista literário citado acima, agora com sua tese de doutorado: O Caso Humberto De Campos: Autoria Literária e Mediunidade.
Alexandre Caroli Rocha, Tese de Doutorado em Teoria e História Literária, Unicamp, 2008. http://www.hoje.org.br/arq/artigos/HumbertodeCampos_tese-AlexandreCaroliRocha.pdf, que versa sobre o estudo do trabalho literário de Humberto de Campos (Academia Brasileira de Letras), tanto quanto estava vivo quanto depois de morto (através da mediunidade psicográfica de Chico Xavier). O autor fez um trabalho hercúleo, debruçando-se sobre a vastíssima produção literária do “Humberto de Campos encarnado”, sabidamente o mais prolífico escritor brasileiro de todos os tempos. Suas obras completas somam dezenas e dezenas de volumes. Pois bem, o crítico literário Caroli chega a uma conclusão igualmente peremptória: não só a estilística de Humberto de Campos se mantém após a morte, mas também a semântica, a pragmática, a estrutura composicional, a paródia, o finíssimo arcabouço cognitivo. E isto, repitamos, em um médium que escreveu mais de 500 livros, cada livro com uma estilística e conteúdos diferentes, sui-generis, e próprios. Nem para um autor isto seria possível, imaginem para centenas e centenas deles!!
Este tipo de estudo literário já foi encetado e chegaram à semelhantes conclusões outros cientistas literários e escritores de grande envergadura nacional, tais como R. Magalhães Júnior, Bernardo Elis, estes dois também pertencentes à vetusta Academia Brasileira de Letras. Sobre o trabalho psicográfico de Chico Xavier, dizia R. Magalhães Junior: “Pode até ser fraude, mas se for fraude é a fraude mais perfeita que eu já vi.” Bernardo Élis diz mais ou menos o seguinte sobre a psicografia de três poetas goianos, por ocasião de uma passagem de Chico por aqui, onde os psicografou  de improviso, em longos excertos poéticos : “Não só os méritos, mas até os defeitos destes três poetas ele captou, por exemplo: Americano do Brasil continua sendo tão mau poeta do lado de lá quanto o foi do lado de cá.” Além disto, Bernardo Elis estuda cientificamente, minuciosamente, toda a métrica poética de Chico, comprovando que esta bate perfeitamente com as técnicas utilizadas em vida.
Estes e outros artigos no tema estão disponíveis em:
 hoje.org.br/
A série de artigos mente-cérebro publicada em revista nacional de psiquiatria começa no fascículo abaixo:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0101-608320130003&lng=en&nrm=iso
Para o canal no Youtube em ciência espiritualidade:
https://www.youtube.com/user/nupesufjf/videos
(Marcelo Caixeta, médico psiquiatra. Artigos às terças, sextas, domingos acesso gratuito em dm.com.br  – seção Opinião Pública)



OUVIR E FALAR
Há uma frase que no movimento espírita tornou-se extremamente conhecida, e que qualquer um de nós, espiritistas, já ouviu alguém se referindo a ela em palestras, estudos ou outras atividades do movimento espírita, e que por isso mesmo o ouvinte imediatamente acrescenta ao seu conhecimento de Espiritismo e sai, por sua vez, a espalhá-la multiplicando velozmente seu conteúdo.
Como não gosto de passar à frente algo referente à Doutrina Espírita de que não possa apresentar a fonte de onde se origina minha informação, procurei desesperadamente encontrar a conhecida frase, que se tornou tão comum e que qualquer um, mesmo sem qualquer base doutrinária, hoje em dia se faz portador de sua mensagem passando à frente o Espiritismo, sem qualquer base em seus postulados divinamente codificados pelo digno seguidor do Mestre de Nazaré.
Só então me pude dar o direito de também acrescenta-la em minhas modestíssimas anotações doutrinárias, para então poder tornar-me um divulgador de seu conteúdo, não como sempre ouvi e li, nos diversos meios de comunicação com que tive contato, bem como em palestras, seminários, livros, revistas, programas de rádios etc., mas, sim, como em verdade ela nos foi transmitida por seu criador, o querido benfeitor Emmanuel.
A frase a que me refiro é esta: “a maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua própria divulgação”. Ora, quem procurar essa frase nos livros de Espiritismo ditados por Emmanuel a Chico Xavier, não será bem sucedido em sua busca, pois a tal frase, tão corriqueira no movimento espírita, não está escrita dessa forma nem foi pronunciada pelo citado benfeitor dessa maneira.
A referida citação está contida no livro “Estude e Viva”, ditado pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz, psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira, e consta do capítulo 40 da referida obra, intitulado Socorro Oportuno, o que nos mostra como as coisas são alteradas ou modificadas voluntária ou involuntariamente, quando passadas de um para outro interlocutor; senão vejamos como está no livro: “(...) Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação”. (1)
Em momento algum identifiquei no conteúdo do parágrafo acima que a divulgação do Espiritismo seja a maior caridade que podemos fazer pela doutrina espírita. Penso que a observância e vivência correta dos seus postulados ainda é a grande finalidade da doutrina espírita ao seu sincero seguidor, pois, da forma como ela vem sendo difundida por grande parcela de “espíritas” que não conhecem seus postulados, não é verdadeiramente nenhuma forma positiva de caridade para com ela, e sim um enorme desserviço prestado contra sua digna e elevada mensagem. Isto porque o Espiritismo nos solicita que estudemos a codificação, que é a mensagem do Consolador Prometido por Jesus, tão bem elaborada pelo fiel Discípulo do Mestre de Nazaré, para a vivência da mensagem cristã, contida no evangelho ensinada e exemplificada por Jesus, para só então, sem que seja preciso fazer qualquer alarde, a espalhemos em forma de atitude, na ação da caridade em favor do nosso semelhante, testemunhando com nosso próprio trabalho na plantação da semente do bem para que possa germinar, crescer e dar bons frutos.
A referência de Emmanuel ao estudo das obras de Kardec não é citada, mesmo fazendo parte do mesmo pensamento no assunto enfocado, e que por essa razão não pode ser desprezado ou esquecido como se não tivesse sido pronunciado. É por essa razão que a divulgação da doutrina espírita segue sendo difundida sem qualquer cuidado com a fidelidade doutrinária, que todo e qualquer espírita consciente deve ter como meta primordial; essa é a razão de hoje em dia se aceitar verdadeiros absurdos como sendo obra espírita, quando não passam de ridículas obras mediúnicas, e o pior, são aceitas até mesmo por grande número de “espíritas” que, sem conhecerem os fundamentos da doutrina que dizem professar, mas que não professam verdadeiramente, a elas se referem com entusiasmo, como se estivessem falando do conteúdo da mensagem espírita codificada pelos Nobres Imortais sob a supervisão do próprio Jesus.
Precisamos tomar cuidado com as frases corriqueiras, e prestarmos mais atenção ao conteúdo do que à forma, para que o mais importante das mensagens que nos cheguem ao conhecimento não seja simplesmente aceito sem uma análise mais apurada em todo o seu conjunto, e, sim, que seja devidamente apreciado e absorvido pelo crente sincero da doutrina espírita, e, se for portador de um bom conteúdo, aí então dele se utilizará para sua correta divulgação.
O espírita sincero deve ter por lema: “fora da caridade não há salvação”, (2)  mas deve observar que essa máxima precisa ser devidamente compreendida para não ser interpretada ao bel prazer de quem quer que se ache tão absolutamente dono da verdade, pois a caridade não dispensa o cuidado que todos devemos ter em observar que “fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão em todas as épocas da humanidade”, (3) e que por isso mesmo, não podemos nos deixar descuidar da razão e o bom senso.
A principal caridade que podemos fazer é a nós mesmos, em primeiro lugar, estudar a mensagem cristã contida no evangelho, como nos alerta Emmanuel, seguindo Jesus através de Kardec, e efetuarmos nossa transformação moral-espiritual, para que, fundamentados no cristianismo redivivo que o Consolador nos veio trazer, possamos dar testemunhos como nos alerta o benfeitor: “seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra”, de que seguimos Jesus, como fiéis discípulos respeitáveis divulgadores da sua sublime mensagem, sem achismos ou modismos condenáveis sob todos os aspectos.
Em O Evangelho segundo o Espiritismo encontramos a bela mensagem que o Espírito de Verdade nos transmitiu e que transcrevemos a seguir: “Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram”. (...) (4)
Precisamos entender que o Cristianismo contém todas as orientações de que necessitamos para fazer crescer em nós os valores morais que dormitam em nosso íntimo, desde nossa criação, e que só o estudo sério, constante e disciplinado da doutrina espírita dar-nos-á a necessária capacidade para melhor compreender as atitudes infelizes e os defeitos do nosso próximo, ampliando nosso poder de discernir melhor para melhor agir, utilizando-nos dos recursos hauridos nos conhecimentos adquiridos nesses estudos, para vivenciar em nosso dia-a-dia as lições com que os Espíritos Superiores nos instruíram sobre a verdadeira caridade como a entendia Jesus: “Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias e perdão das ofensas” (5)
É hora de tomar uma atitude de serenidade e seriedade em tudo o que pretendemos falar com relação à doutrina espírita, não mais agindo como simples repetidores do que ouvimos alguém dizer, e, sim, procurarmos falar com responsabilidade apenas do que realmente conhecermos com segurança e que esteja contido nos postulados da codificação do Espiritismo.
Fontes:
1. Estude e Viva – FEB 9ª edição, cap. 40, pelos espíritos Emmanuel/André Luiz, médiuns: Chico Xavier/Waldo Vieira.
2. O Evangelho segundo o Espiritismo, FEB 106ª edição, Cap. XV, item 10.
3. O Evangelho segundo o Espiritismo, FEB 106ª edição, frontispício.
4. O Evangelho segundo o Espiritismo, FEB 106ª edição, Cap. VI, item 5.
5. O Livro dos Espíritos, FEB, 76ª edição, pergunta 886.  
FRANCISCO REBOUÇAS – costareboucas@ig.com.br
Niterói – Rio de Janeiro (Brasil)
Transcrito do site:





AS GRANDES CONSTELAÇÕES ESPIRITUAIS
Não se turbe o vosso coração. - Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. - Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também vós aí estejais. (S. JOÃO, cap. 14, vv. 1a3.)
Existem nos espaços infinitos grandes constelações espirituais, que servem de moradas para as almas que já se despojaram de todas as imperfeições da matéria e que vivem conforme as realidades espirituais ensinadas por Jesus. São os espíritos nobres, os benfeitores da humanidade que se revestem de humildade e paciência para lecionar e ensinar as verdades e belezas espirituais ao homem ainda preso às dificuldades da matéria e aos atavismos perturbadores de suas vidas pregressas e que ainda vibram como sensações grosseiras do seu primitivismo animal.
Allan Kardec, o sábio codificador, teve a oportunidade de interrogar na questão 742 de O livro dos espíritos, “qual a causa que leva o homem à guerra?”. E os espíritos responderam: “predominância da natureza animal sobre a espiritual e satisfação das paixões, esclarecendo sobre as nossas imperfeições que ainda fazem parte do nosso processo reencarnatório.
Jesus é a oportunidade maravilhosa e bondosa que a vida nos oferece de crescermos em redenção em busca da nossa paz. Nessa trajetória redentora somos auxiliados por esses seres cósmicos que nos veneram e nos guiam na nossa luta de ascensão em busca da grande luz. Quando, enfim, depois de lutas imensas de renovação interior alcançarmos esses paradigmas cósmicos, também seremos convidados a participar dessas grandes arquiteturas espirituais onde o amor é o grande farol redentor que ilumina todos os espíritos que estão direcionados para o mesmo ideal de renovação moral da humanidade espiritual, conforme os ensinamentos de Jesus, que asseverou que há muitas moradas na casa do Pai, e que essas moradas são os diferentes mundos habitados que servem de moradas para os espíritos de acordo com os seus diferentes níveis evolutivos.
São os ensinamentos sublimes de iluminação interior do mestre querido que preferiu vir na figura de filho de carpinteiro para lecionar nos primeiros momentos a humildade, a caridade e principalmente o amor como o antídoto para a cura de todas as dores humanas, que plenifica e ilumina o ser na sua viagem espiritual, parafraseando os espíritos da codificação que disseram no item, “A lei do amor” que o homem no seu inicio só tem instintos, avançado e corrompido, tem sensações e que instruído e purificado tem sentimentos e que o requinte do sentimento é o amor, mas não o amor no sentido vulgar do termo mas esse sol interior que reúne e condensa em seu foco ardente todas as aspirações e revelações humanas.
Assim só o amor é capaz de promover a felicidade de todos que fazem parte desta grande família espiritual; que marcham juntos, porém em níveis evolutivos diferentes. Que possamos um dia habitar as grandes e sonhadas constelações espirituais onde reinam a paz, a alegria e a felicidade, moradas essas dos espíritos puros que souberam viajar no tempo do átomo primitivo até o arcanjo, de todos aqueles que souberam vivenciar o evangelho de Jesus, como o mais notável roteiro seguro de iluminação.
E eis que surge a doutrina espírita, como o Consolador prometido por Jesus. Ele mesmo nos prometeu que não nos deixaria órfãos, que enviaria um outro consolador para que ficasse conosco eternamente, na revivência plena do cristianismo primitivo e nas máximas morais do Cristo, fazendo com que os que têm olhos de ver vejam e os que têm ouvidos de ouvir ouçam que a verdadeira felicidade ainda não se encontra na Terra.
Oswaldo Coutinho da Silva Filho, Centro Espírita Deus, Cristo e Caridade, Serrinha-BA




A PRIMEIRA NECESSIDADE DO MÉDIUM
Desde que o comandante Edgard Armond publicou sua excelente obra “Pontos da Escola de Médiuns”, multiplicaram-se em nosso país os chamados cursos de mediunidade, cujo apogeu se verificou na década de 1970 com o Centro de Orientação e Educação Mediúnica (COEM), organizado e implantado por uma equipe de confrades liderados pelo dr. Alexandre Sech, do Centro Espírita Luz Eterna, de Curitiba.
Pouco, porém, tem sido dito ultimamente sobre as reais necessidades do médium para que se torne um medianeiro seguro e confiável.
Claro que os autores espíritas jamais deixaram essa questão sem resposta, como veremos nas linhas abaixo. Somos nós, os trabalhadores da seara, que temos revelado a tendência de reduzir a mediunidade a uma mera questão técnica, esquecidos do fator moral, inerente à boa prática mediúnica.
Se, do ponto de vista do mecanismo da comunicação, a mediunidade, em si mesma, não depende do fator moral, do ponto de vista da assistência espiritual o fator moral torna-se relevante.
Médiuns moralizados contam com o amparo de Espíritos elevados. E por médium moralizado referimo-nos ao medianeiro que pauta sua existência como um autêntico homem de bem, procurando ser uma pessoa humilde, sincera, paciente, perseverante, bondosa, estudiosa, trabalhadora e desinteressada.
A primeira necessidade de um médium é, pois, evangelizar-se a si mesmo, antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois de outro modo poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão. O médium eficiente é aquele trabalhador que melhor se harmoniza com a vontade do Pai Celestial, cultivando as qualidades que atraem os Bons Espíritos e destacando-se pelo cultivo sincero da humildade e da fé, do devotamento e da confiança, da boa vontade e da compreensão.
As qualidades que atraem os Bons Espíritos, conforme lemos em “O Livro dos Médiuns”, cap. XX, item 227, são:
I. a bondade
II. a benevolência
III. a simplicidade do coração
IV. o amor ao próximo
V. o desprendimento das coisas materiais.
Os defeitos opostos a essas qualidades, evidentemente, afastam de nós os Espíritos elevados, o que constitui um obstáculo que o médium consciente da importância de sua faculdade tem de transpor.
A mediunidade não representa em si mesma nenhum mérito para quem a possui, porque o seu aparecimento independe, como vimos, da formação moral do indivíduo. Pessoas de comportamento moral duvidoso podem apresentar a faculdade mediúnica e sempre encontrarão entidades espirituais que lhes secundem a vontade e o pensamento, associando-se a elas na rede de desequilíbrio.
Ser bom médium é coisa diferente, como Kardec explica na seguinte passagem: “Ninguém poderá tornar-se bom médium se não conseguir despojar-se dos vícios que degradam a humanidade” (Revista Espírita de 1863, p. 213). “Todo homem – asseverou, em seguida, o Codificador – pode tornar-se médium; mas a questão não é ser médium; é ser bom médium, o que depende das qualidades morais.”
Transcrito do site:





LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE
Essa tríade, que a Revolução Francesa consagrou como símbolo de seus objetivos, embora o próprio movimento revolucionário, que derrubou o absolutismo dos reis e potentados, não tivesse compreendido e praticado o verdadeiro sentido das três palavras, continua representando ideais a serem alcançados.
As três palavras, em conjunto ou separadamente, são aspirações não somente para a vida individual, mas também para as organizações sociais dos povos e nações, e, consequentemente, para toda a Humanidade, já que sua significação encerra o mais alto ideal para a vivência humana.
Na concepção espírita, considerando-se que o amor é a síntese de todos os sentimentos generosos e por isso deve estar na base do progresso para a renovação moral, a ordem natural da trilogia deveria ser: fraternidade, igualdade, liberdade.
A fraternidade deve estar na primeira linha, como geratriz da liberdade e da igualdade de todos. É ela o inverso do egoísmo, uma das chagas humanas das sociedades de todas as épocas. É também uma das formas da manifestação do amor ao próximo, significando caridade com benevolência, indulgência, compreensão e tolerância.
É a forma de os homens se compreenderem e se devotarem uns aos outros, tornando possível uma convivência de irmãos, filhos do mesmo Pai. Portanto, a liberdade e a igualdade, no verdadeiro sentido que encerram essas palavras, na vida social, dependem da conquista da fraternidade e da sua vivência.
Essa conclusão remete-nos à grande aspiração da reeducação moral da Humanidade, para que ela possa chegar à fase de um mundo regenerado, como decorrência da divina lei do progresso.
Mas, sem querer ser pessimista, nosso mundo parece muito distante do ideal de transformação pela fraternidade entre seus habitantes. Em pleno século XXI, após dois mil anos da presença do Cristo, com seus ensinos superiores sobre o amar a Deus e ao próximo como a si mesmo, a Humanidade pouco evoluiu moralmente, continuando os homens egoístas e orgulhosos, procurando as nações impor seus interesses às demais, utilizando as guerras para obterem a paz.
Na realidade, são conquistas de prestígio e de interesses materiais. Enquanto isso, as religiões tradicionais, em lugar de se esforçarem pela prevalência da fraternidade e do entendimento entre elas, digladiam-se por obter predominância sobre as concorrentes, com as graves consequências conhecidas.
Se a prática da fraternidade prevalecesse entre as nações, as raças e os indivíduos, como decorrência dos ensinos morais do Cristo e de todos os que aceitaram suas lições de vida, há muito teriam desaparecido as violências do mundo, especialmente as imposições dos mais fortes sobre os fracos.
Em matéria de imposições e violências, nosso mundo pouco evoluiu. Basta observar a atualidade para verificar que as incompreensões entre as nações conduzem às guerras, preparando-se os governos não para a paz e a cooperação, mas para as soluções violentas.
Só na primeira metade do século XX ocorreram duas guerras mundiais, envolvendo múltiplas nações. Nos séculos anteriores sempre estiveram presentes a violência e as imposições dos países mais fortes, sem respeito à liberdade dos mais fracos.
Tornam-se impraticáveis a liberdade e a igualdade sem a presença e vivência da fraternidade, quer entre os indivíduos, quer no seio das famílias e de toda a sociedade. Assim, é pela prática da fraternidade legítima que se cria para todos – nações, famílias e indivíduos – a igualdade e a liberdade, com a paz, a ordem e a compreensão sem prejuízo da hierarquia, que terá como princípio e fundamento o progresso moral e intelectual daqueles que detiverem as maiores responsabilidades.
A fraternidade representa, assim, o amor recíproco de todos os homens, ensinado pelo Cristo, acima do qual só deve prevalecer o amor a Deus, a causa primária de todas as coisas, a Inteligência Suprema.
A verdadeira fraternidade ainda não faz parte das sociedades humanas, eis que ainda preponderam nas comunidades sociais os privilégios, os direitos excepcionais, as leis discriminatórias, o favorecimento pelas riquezas, os tratamentos diversificados.
Sem a fraternidade legítima torna-se impraticável tanto a igualdade quanto a liberdade. Não se deve entender a igualdade como se todas as pessoas fossem iguais, o que seria uma pretensão utópica, uma vez que as criaturas humanas são diferentes e se encontram em posições evolutivas diferenciadas.
A igualdade é um sentimento que permite a cada um tratar seu semelhante, qualquer que seja sua posição social, ou condição de vida, de forma igual, com amor, com compreensão, sem nenhuma discriminação.
O grande obstáculo à igualdade é o orgulho, que leva o homem a julgar-se superior, pretendendo o domínio e a primazia em todas as situações, inclusive no confronto com seus semelhantes. Considerar-se igual aos seus irmãos, companheiros de jornada, situados em níveis diferentes, tem sido para o homem uma pretensão inatingível, enquanto não conseguir superar seu orgulho.
Sendo o orgulho, como o egoísmo, doenças sociais que se manifestam nos indivíduos, frutos da ignorância das verdades eternas que devem reger a vida de todos e de cada individualidade, a felicidade só será alcançada quando essas chagas estiverem extintas em cada um, em um mundo regenerado.
A liberdade natural faz parte do Espírito, ao ser criado por Deus simples e ignorante, mas dotado de livre-arbítrio, inteligência e vontade. Mas no campo social, o reconhecimento da liberdade natural sempre encontrou obstáculos, em decorrência do egoísmo e do orgulho predominantes na imensa maioria dos habitantes da Terra.
Egoísmo, orgulho e ignorância são os obstáculos naturais, os inimigos gratuitos da fraternidade, da igualdade e da liberdade. Enquanto esses três princípios não forem reunidos para deles resultarem o mútuo apoio e a necessária solidariedade, nenhuma organização social será justa, equânime e aberta ao progresso.
Impérios potentes, poderes absolutistas, riquezas acumuladas à custa da escravidão e da exploração dos mais fracos, domínios de povos e nações pela força das armas e da violência, todas essas formas ilusórias de dominação têm existido e foram registradas pela história da Humanidade.
Entretanto, no decorrer dos séculos e milênios, ruíram os impérios, enfraqueceu-se o absolutismo e desapareceram muitas formas injustas de dominação, substituídas por outras que também não subsistirão, numa demonstração clara de que o homem ainda não encontrou a forma correta e justa para suas organizações sociais.
Torna-se evidente que, neste mundo de expiações e provas, faltam os elementos essenciais da fraternidade, da igualdade e da liberdade, sobre os quais possam ser construídos os justos e sólidos edifícios sociais e para que surja a verdadeira solidariedade entre todos os povos, independentemente das raças a que pertençam.
O problema é vasto e complexo, e sua solução precisa começa no imo de cada criatura, no coração de cada ser humano. A educação intelectual e moral constitui a base para se resolver tão vasta questão.
Se a educação intelectual já foi reconhecida como necessária, o mesmo não ocorre com a educação moral, apesar de Jesus, o Cristo, tê-la enfatizado em seus ensinos, que Ele sintetizou no amor a Deus e ao próximo.
A fraternidade, na sua acepção mais pura, é a prática do amor, como também o é a caridade. Amor, fraternidade, caridade são os sentimentos que se opõem ao egoísmo, ao orgulho e à ignorância.
A igualdade e a liberdade são decorrências naturais da fraternidade. É para a implantação desses valores morais que o Cristo de Deus deixou no mundo suas lições e exemplos, prometendo ainda o envio de outro Consolador, que já se encontra entre os homens, há cento e cinquenta anos.
Juvanir Borges de Souza / Fonte: Reformador, maio de 2007. FEB Editora.
Transcrito do site:




ALGUNS MANDAMENTOS DO EVANGELIZADOR
DA FAMÍLIA
1 - Desenvolver no mundo íntimo de maneira crescente o amor a DEUS – Nosso Pai, a JESUS – nosso Mestre e Senhor, e ao EVANGELHO – roteiro de aperfeiçoamento espiritual.

2 – Considerar com a claridade da razão o Evangelho do Cristo como o princípio, a regra e a norma de correção e educação, vida e trabalho em todas as circunstâncias da existência.

3 – Estudar a Doutrina Espírita, aplicando análise, meditação e reflexão, muito especialmente os assuntos que tratam da temática FAMÍLIA nas obras do Codificador Allan Kardec e nos bons livros psicografados ou em autores encarnados.

4 – Trabalhar com seriedade educativa os próprios sentimentos, para compreender, amar e servir os membros da família, provindos que sejam de todos os segmentos da sociedade, especialmente os que sofram experiências mais aflitivas e dolorosas.

5 – Distinguir com clareza, exatidão e convicção os temas doutrinários abaixo: a INSTRUÇÃO e a EDUCAÇÃO, desenvolvimento da INTELIGÊNCIA e a educação dos SENTIMENTOS, a cultura do CÉREBRO e a cultura do CORAÇÃO, o conhecimento da Doutrina Espírita e a formação dos bons hábitos.

6 – Com a luz da fé raciocinada e discernimento moral, saber diferençar a função fundamental das três áreas que trabalham e cuidam da criança e do jovem:
1ª – A educação nos ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DO MUNDO.

2ª – A instrução evangélico-doutrinária nas ESCOLAS ESPÍRITAS DE EVANGELIZAÇÃO DA CRIANÇA, desenvolvidas nos centros espíritas.

3ª – A educação dos sentimentos, a formação do caráter e o desenvolvimento dos bons hábitos na mente e no coração da criança e do jovem no AMBIENTE FAMILIAR, por ação dos pais espíritas.

7 – Aprimorar a capacidade de comunicabilidade fraternal e boa, amiga e simpática para relacionar-se cada vez mais e melhor junto aos membros da família: o pai e a mãe, as crianças e os jovens, os avós e os tios.

8 – Dirigir, coordenar e participar das REUNIÕES DE PAIS ESPÍRITAS ou de FAMÍLIA, com a sagrada intenção de doar sempre mais os recursos do próprio coração, irradiando alegria, simpatia e bom ânimo.

9 – Ao usar a palavra para expor os conhecimentos evangélico-doutrinários sobre “Família” à luz da Doutrina Espírita, interesse falar mais com o coração cheio de amor, abrindo as janelas da mente para a inspiração superior. Contudo não dispensar jamais o estudo espírita aprofundado, elevando o padrão dos pensamentos cristãos.

10 – Plantar, com paciência e perseverança, na alma dos membros da família em sofrimentos e dificuldades as energias construtivas da fé raciocinada, coragem moral e esperança, soerguendo corações para a Verdade Espiritual e o Bem Supremo.

11 – A fim de prestar serviço de amor e fé, orientação e educação moral às famílias, trabalhar mais os sentimentos com os aplicativos evangélicos: bondade e atenção, respeito e consideração, carinho e compreensão, compaixão e indulgência, brandura e empatia, perdão e paciência. Entender que cada virtude evangélica praticada constitui verdadeiro tônico energético saudável para as almas abatidas pelas lutas domésticas.

12 – Não desanimar nunca, aumentando a energia da coragem moral ante as imensas dificuldades e problemas por que passam as famílias, sejam de qualquer classe social. Acreditar sempre que toda criatura espera a manutenção da luz espiritual, paz da alma e harmonia do coração para manter a relativa felicidade no ambiente familiar.

13 – Ao promover estudos ou encontros da Família, não deixar o ânimo se abater, se os participantes forem de pequeno número. Creia com a certeza da fé espírita – muitas mães e pais desencarnados que faliram na educação moral dos filhos – estarão presentes, trazidos pelos Benfeitores Espirituais, a fim de assimilarem as bênçãos do esclarecimento espiritual.

Walter Barcelos
Uberaba - MG, outubro de 2008.









ARTIGOS CIENTÍFICOS APONTAM PARA 
EXISTÊNCIA DE UM MUNDO ESPIRITUAL
Em um momento de tanta baixa-estima nacional, em várias áreas, nosso país pode orgulhar-se de uma coisa: pesquisadores sérios, cientistas em várias áreas, que tentam confirmar, ou infirmar, a existência de fenômenos espirituais. Quem tem capitaneado e congregado grande parte destes esforços é o professor de psiquiatria da Universidade Federal de Juiz de Fora, Alexander Moreira-Almeida, especialista, mestre e doutor em psiquiatria pela USP, hoje provavelmente o psiquiatra que mais entende de espiritualidade, relação mente-corpo, no mundo todo. Tanto é que vem de ser eleito como o presidente do departamento de psiquiatria e religião da prestigiosa Associação Psiquiátrica Mundial (World Psychiatry Association). Alexander também é o presidente da Seção de psiquiatria da religião da Associação Brasileira de Psiquiatria. Ele dirige um núcleo de pesquisas científico na Unviersidade de Juiz de Fora (Nupes) voltado exclusivamente para a pesquisa do assunto e hoje, no Brasil, é o principal fomentador desta veia de discussão, fomentos científicos e trabalho de pesquisa. O Nupes conta, além de revista própria, um importante canal televisivo de divulgação dos trabalhos (TV Nupes), aulas didáticas, discussões científicas de altíssimo matiz, gratuitas e disponíveis na internet (vide abaixo). Pode-se dizer que o protagonista disto tudo, Alexander, é um verdadeiro gênio (inclusive tive oportunidade de examiná-lo pessoalmente, ahahaha), e, como muitos grandes gênios, de uma bondade  e envergadura de espírito condizente com sua inteligência. Através da Nupes tive oportunidade de conhecer três trabalhos de alta relevância científica.
No primeiro deles (A poesia transcendente de Parnaso de além-túmulo, Alexandre Caroli Rocha, Dissertação mestrado em Teoria e História Literária, Unicamp, 2001. http://www.hoje.org.br/arq/artigos/parnaso_dissert.pdf ) o autor, um cientista literário, destrincha o  inexplicável “maior fenômeno da literatura mundial” (citação minha): como um garoto de 17 anos, semi-analfabeto (4º ano primário, em cidadezinha do interior mineiro, Pedro Leopoldo), trabalhador braçal (hortas, ensacadora de algodão, fazenda), arrimo de família (trabalhando o dia todo), quase uma dezena de irmãos para cuidar, órfão, de uma penada só  psicografou 100 poetas brasileiros, desde os mais conhecidos (e difíceis , p.ex., Augusto dos Anjos, Cruz e Souza, Olavo Bilac, etc) até os absolutamente desconhecidos (p.ex. um poeta , sargento do Exército de Caxias,  que ninguém conhecia, ninguém sabia que existia, que escrevia poesias e que, por meio do pesquisador literário Elias Barbosa , foi redescoberto em anais e documentos do Exército no século XIX). Ninguém nem tinha ouvido falar do tal sargento, e este provou-se, existia mesmo e era poeta obscuro e bissexto. As poesias citadas no livro Parnaso de Além-Túmulo não comungam apenas da estilística literária completamente sui-generis de cada autor, mas também da temática, e , o que é dificílimo, de toda a métrica técnica (p.ex., duodecassílabos, alexandrinos, linguajar completamente hermético-esotérico [Augusto dos Anjos], etc).  Eu mesmo, que tenho um punhado de títulos universitários, que tenho por profissão ler e escrever, já tentei, durante um mês, reproduzir uma estrofe de Augusto dos Anjos e não consegui. Quanto mais escrever isto com versos do mesmo número de sílabas, com a sílaba tônica em tal ou tal lugar, ou seja, com todo o hiper-tecnicismo que a métrica poética exige (e que Chico Xavier cumpria). Só de um autor para mim foi impossível, imaginem para cem autores!! Imaginem um garoto de 17 anos!! Imaginem um rapaz do interior de Minas, braçal, ignorante, arrimo, sem tempo para jogar uma partida de biloca. Pois bem, esta é a tônica do estudo do cientista literário da Unicamp, Alexandre Caroli.
Mas há mais, há também o estudo de um grupo de pesquisadores brasileiros em psiquiatria, neuropsicologia, neurociências (do qual tenho orgulho de dizer que meu irmão, neuropsiquiatra Leonardo Caixeta, faz parte) que, nos Estados Unidos, estudando o cérebro de médiuns com métodos neurobiológicos rigorosos, estatísticos, absolutamente objetivos, constatou que o cérebro do médium, durante o transe mediúnico, é completamente diferente de outras pessoas e inclusive do próprio médium, quando escrevendo ou falando fora do transe. Mostra, portanto, que a atividade cerebral mediúnica, ao contrário do que muitos dizem, não é fruto apenas do psiquismo do médium, mas pode estar sofrendo influência de um outro processo externo, a comunicação com um postulado mundo espiritual. O trabalho foi publicado numa prestigiosa revista científica americana, e as imagens neurocerebrais podem ser vistas em: Neuroimaging during trance state: a contribution to the study of dissociation. Peres JF, Moreira-Almeida A, Caixeta L, Leao F, Newberg A.
PLoS One. 2012;7(11):e49360.
Na mesma linha, o pesquisador psiquiatra Alexander Moreira-Almeida publicou um importantíssimo trabalho de psiquiatria da reli-gião, orientado inclusive em sua tese por um professor-cientista cristão protestante, trabalho no qual provou que os médiuns espíritas fidedignos, ao contrário do que sempre se divulgou (sobretudo no auge do espiritismo kardecista, na Europa do século XIX, quando havia a tese da “loucura espírita”) têm uma saúde mental até melhor do que a população geral.
       Igualmente digno de nota é o trabalho do mesmo cientista literário citado acima, agora com sua tese de doutorado: O Caso Humberto De Campos: Autoria Literária e Mediunidade.
Alexandre Caroli Rocha, Tese de Doutorado em Teoria e História Literária, Unicamp, 2008.
http://www.hoje.org.br/arq/artigos/HumbertodeCampos_tese-AlexandreCaroliRocha.pdf,  que versa sobre o estudo do trabalho literário de Humberto de Campos (Academia Brasileira de Letras), tanto quanto estava vivo quanto depois de morto (através da mediunidade psicográfica de Chico Xavier). O autor fez um trabalho hercúleo, debruçando-se sobre a vastíssima produção literária do “Humberto de Campos encarnado”, sabidamente o mais prolífico escritor brasileiro de todos os tempos. Suas obras completas somam dezenas e dezenas de volumes. Pois bem, o crítico literário Caroli chega a uma conclusão igualmente peremptória: não só a estilística de Humberto de Campos se mantém após a morte, mas também a semântica, a pragmática, a estrutura composicional, a paródia, o finíssimo arcabouço cognitivo. E isto, repitamos, em um médium que escreveu mais de 500 livros, cada livro com uma estilística e conteúdos diferentes, sui-generis, e próprios. Nem para um autor isto seria possível, imaginem para centenas e centenas deles!!
       Este tipo de estudo literário já foi encetado e chegaram à semelhantes conclusões outros cientistas literários e escritores de grande envergadura nacional, tais como R. Magalhães Júnior, Bernardo Elis, estes dois também pertencentes à vetusta Academia Brasileira de Letras. Sobre o trabalho psicográfico de Chico Xavier, dizia R. Magalhães Junior: “Pode até ser fraude, mas se for fraude é a fraude mais perfeita que eu já vi.” Bernardo Élis diz mais ou menos o seguinte sobre a psicografia de três poetas goianos, por ocasião de uma passagem de Chico por aqui, onde os psicografou  de improviso, em longos excertos poéticos : “Não só os méritos, mas até os defeitos destes três poetas ele captou, por exemplo: Americano do Brasil continua sendo tão mau poeta do lado de lá quanto o foi do lado de cá.” Além disto, Bernardo Elis estuda cientificamente, minuciosamente, toda a métrica poética de Chico, comprovando que esta bate perfeitamente com as técnicas utilizadas em vida.

(Marcelo Caixeta, médico psiquiatra. Artigos às terças, sextas, domingos acesso gratuito em dm.com.br  – seção Opinião Pública)
Transcrito do site:
http://www.dm.com.br/opiniao/2015/06/artigos-cientificos-apontam-para-existencia-de-um-mundo-espiritual.html

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